CHAMADOS PARA O AMOR
por Giorgio Sinestri
Estamos vivendo um mês muito especial para toda a Igreja, onde refletimos com mais intensidade sobre a diversidade de vocações e ministérios que o batismo nos apresenta. Vocações diferentes, mas que nos fazem iguais: todos somos chamados a fazer da oração e do trabalho uma verdadeira experiência do Cristo-servidor, vivendo em comunidade como sinal da presença do próprio Jesus e confirmando os sacramentos como a manifestação concreta de Deus na Igreja.
Gostaria de refletir, este mês, sob o olhar de Madre Tereza de Calcutá, mulher de coragem e exemplo de vocação concretizada. Madre Tereza testemunhou com sua vida que, acima das diferenças entre culturas e religiões há, em primeiro lugar, o homem, que precisa de amor e esperança. Mas o que quero destacar, refletindo sobre o mês vocacional, é o sentimento de abandono e solidão que ela sentiu no início de seu trabalho em Calcutá, na Índia. Ao começar sua missão, Madre Tereza deixou de sentir o consolo de Deus em sua vida, como se estivesse separado dele. A história se parece muito com a realidade atual do nosso mundo: violência, guerra, injustiças, corrupção, ganância, solidão ... estamos sufocados com tantos problemas e sinais de morte, e muitos de nós não sentimos mais a presença de Deus na vida. Porém, podemos aprender com Madre Tereza: diante das provações, descobriu que Deus purifica nossa alma e pede de nós uma união mais íntima ao seu coração.
A maior tristeza dos homens e mulheres é o sentir-se sozinhos e recusados, como foi a solidão de Jesus na cruz. Mas Jesus fez da cruz um gesto de amor gratuito, que não espera e não pede nada em troca.
Vamos acreditar no amor. Melhor: vamos testemunhar, praticando o amor, fazendo como Madre Tereza, que nunca demonstrou tristeza diante de sua luta e seu sofrimento espiritual, pois mesmo nos momentos de “escuridão interior”, ela sabia irradiar alegria. “Desejo consolar o Coração de Jesus mediante a alegria”, dizia.
Como dizia Padre Dehon, cuja morte lembramos no dia 12 de agosto, “todos os acontecimentos da vida nos levam a Deus”. De fato, quando fazemos da vida um constante caminhar junto do Coração de Cristo, sentimos que tudo revela o amor de Deus por cada um de nós. E se você pensa que o amor é prática somente dos santos, lembre-se que, no batismo, somos todos chamados à santidade.
Que a nossa vocação comum seja o amor. Sejamos santos!.
© 2005-2006 - Casa Padre Dehon
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