27 dezembro 2007

Edição de janeiro 2008

Na edição de janeiro quase todos os colaboradores iniciam uma nova série na sua seção. Padre André Vital começa um estudo sobre o Livro do Apocalipse, pe. Carlos Alberto vai escrever chaves de leitura para documentos sociais da Igreja, pe. Francisco Sehnem começa a refletir sobre as ladainhas do Coração de Jesus, profa. Elenira inicia a pratiquese do Credo...
E tem nova seção: Sou idoso 

04 dezembro 2007

Edição de Dezembro


Uma bela edição de Natal onde predomina a esperança e a alegria de ser cristão.


A Reportagem apresenta várias dioceses centenárias. Na Entrevista você conhece mais sobre dom Clemente Isnard, que esteve no Concílio Vaticano II. Fazemos memória de Oscar Niemeyer no seu centenário de vida no Memorandum. Padre Alírio Pedrini fala sobre os símbolos do natal na página Enfoque



30 novembro 2007

1º dezembro - dia de combate à AIDS



1º de dezembro é o Dia Mundial de Luta contra a Aids. A data reflete a luta de mais de 33 milhões de pessoas de diferentes países que atualmente vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em 2007, o Dia Mundial de Luta Contra a Aids tem como tema a "liderança". Para o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-Moon, o tema tem extrema relevância, uma vez que, segundo ele, "sem liderança, nunca conseguiremos superar a epidemia". Instituído em 1988, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o 1º de dezembro é uma data simbólica de conscientização para todos os povos sobre a pandemia de Aids.

Neste dia, diversas atividades são desenvolvidas pelo mundo visando divulgar mensagens de esperança, solidariedade, prevenção e incentivar novos compromissos com essa luta. A cada ano, a OMS elege a população/grupo social que registra o maior crescimento da incidência de casos de HIV/Aids e define para uma campanha com ações de impacto e sensibilização sobre a questão.

Segundo as últimas estimativas da Unaids, agência das Nações Unidas criada para tratar do assunto, mais de 33 milhões de pessoas vivem no mundo com o vírus HIV ou da Aids. Embora a incidência continue preocupante, a ONU registrou que, globalmente, o número de novas infecções por HIV diminuiu. Estima-se que em 2007 houve 2,5 milhões de novas infecções, comparadas com 3,2 milhões em 2001.

Na América Latina, o relatório elaborado pela Unaids afirma que a epidemia permanece estável. Em 2007, o número estimado de novas infecções na região foi de 100 mil e o de mortes, de 58 mil. Atualmente, estima-se que 1,6 milhão de pessoas viva com aids na América Latina.
Cerca de um terço de todas as pessoas vivendo com HIV na América Latina moram no Brasil. Em 2005, estimou-se que 620.000 de pessoas viviam com HIV no país. Embora inicialmente concentrada entre homens que fazem sexo com homens, em seguida a epidemia englobou usuários de drogas injetáveis e finalmente atingiu a população em geral, com um número cada vez maior de mulheres infectadas.
Fonte: Adital
Tenha atitude!
Este é o lema da Campanha lançada pela Pastoral da DST/Aids para o dia de hoje, com a finalidade “de sensibilizar a população para a realidade da epidemia e de que seu controle depende de atitude”, explica frei Lunardi que, como exemplo, cita a prevenção e o cuidado diante do HIV.
“A cada ano propomos uma campanha para marcar a data e a participação da Pastoral da Aids neste momento. Esta é a campanha que está direcionada à população em geral, mas atingindo especialmente a juventude, cujo público a epidemia está crescendo mais intensamente na atualidade. Embora a população tenha informação, sabemos que nem sempre os comportamentos são regidos por esta informação. Por isso é preciso atitude! Ou seja, a campanha é uma proposta de mudança de comportamento, com práticas de cuidado”, acrescenta Lunardi.

23 novembro 2007

Boas notícias!


Aborto, anencefalia e uso de embriões: em uma só semana
Dr. Frei Antônio Moser
Assessor da CNBB para assuntos de Bioética


Meados de novembro trouxe um raio de luz que iluminou três questões indevidamente transformadas em cavalos de batalha para uma espécie de cruzada contra a vida justamente dos mais fracos. Estas questões podem ser resumidas em poucas mas expressivas palavras: liberação do aborto; eliminação dos anencefálicos; uso de células embrionárias humanas em experiências ditas terapêuticas.

A campanha comandada por ninguém menos do que um ministro que deveria zelar pela vida e pela saúde de todos, sofreu um significativo revés justamente em Brasília, na conclusão do Congresso sobre saúde. O tamanho das letras com as quais foi dada a notícia mostra o significado simbólico daquela rejeição: os congressistas, pessoas bem qualificadas, se faziam intérpretes dos cristãos, que se constituem na absoluta maioria da nossa população. Os partidários da liberalização terão que matizar bem mais seus discursos e, sobretudo, deter-se mais atentamente sobre o que significa saúde pública.

Ainda mais quando se têm presentes as contínuas reportagens sobre as lamentáveis condições de funcionamento do SUS, parecem não deixar dúvidas sobre onde se localizam os verdadeiros problemas de saúde pública.


A segunda boa notícia de meados de novembro tem um nome: chama-se Marcela de Jesus, um bebê, tido como anencefálico, mas que já completou seu primeiro ano de vida. Claro que não faltaram vozes de autoridades no assunto para vir a público afirmar o que todo mundo já sabia: nem todos os que foram batizados com este qualificativo o são de fato. Como em qualquer outro tipo de anomalias, sejam elas de cunho diretamente genético ou não, existem graduações diferentes. E só esta constatação já é suficiente para reforçar o mesmo princípio ético referido acima em relação ao aborto: sob pena de regredirmos aos tenebrosos tempos do nazismo, ninguém tem o direito de decidir sobre os que podem viver e os que devem morrer.

É claro que todos sofrem quando um ser humano apresenta graves limitações; mas também todos deveriam sofrer quando se constata que as mais graves limitações não provém de defeitos genéticos, mas da maldade humana, manifesta nas mais variadas formas de violência.

Há um evidente exagero tanto nas estatísticas que se referem aos denominados abortos clandestinos, quando no que se refere ao número de portadores de doenças graves de cunho genético. Se abraçarmos a pressuposição de algumas pessoas que se julgam porta vozes das ciências, daqui a pouco corremos o risco de sermos portadores de um chip que sinalizará a anomalia que nos acomete e nos torna inábeis a continuarmos a viver.


A terceira boa notícia de novembro de 2007 diz respeito às células tronco adultas. Sem dúvida as células tronco, tanto embrionárias quanto adultas, se transformaram em personagens centrais quando se fala em biogenética e biotecnologia. Ainda que elas de fato se constituam em personagens centrais, é preciso logo acrescentar que lhes foram atribuídos papéis que ultrapassam seu poder excepcional. Em certos meios de comunicação e na cabeça de alguns setores ligados às biociências, elas se passaram a ser vistas como uma espécie de panacéia para curar todos os males. Ademais, embora nem todos tenham isto muito presente, o fato é que desde finais do século passado células embrionárias e células adultas passaram a ser contrapostas. Uns apostavam todas as suas fichas nas células embrionárias, mesmo sabendo que seu uso implica na morte do embrião; outros ressaltavam o potencial regenerador das células adultas.

Mas, para ser claro, os que se consideram grandes pesquisadores juravam de pés juntos que as células adultas seriam muito inferiores às embrionárias. Nestes dias, pesquisas levadas adiante e em separado, mas sempre por verdadeiros pesquisadores do Japão e dos Estados Unidos, parecem haver deremido as dúvidas: as células adultas podem ser reprogramadas para exercerem as funções indevidamente atribuídas às células embrionárias. Assim, ainda que os verdadeiros cientistas humildemente reconhecem haver ainda um longo caminho a ser percorrido, parece haver ficado claro: células embrionárias, por conterem um código único, original e irrepetível, são impróprias para qualquer tipo de terapia. Sua função é serem propulsoras da vida. Se implantadas elas se comportarão como corpo estranho. Assim as esperanças terapêuticas se deslocam para as células adultas, devidamente reprogramadas.


Com isto fica uma vez mais evidenciado que, verdadeiramente Deus fez bem todas as coisas. A nós cabe a missão de desvelar seus segredos e aproveitar-nos das propriedades por ele atribuídas a todas e a cada uma das coisas.

24 outubro 2007

Adiante o que vem na edição de novembro

Além dos limites – pág. 34



Colecionadora de vitórias
Suely Guimarães é uma atleta do Paradesporto já conhecida pelos brasileiros. Na cadeira de rodas, ela conquistou, além das medalhas, a admiração e a simpatia de todos.

26 setembro 2007

Na edição de outubro!!!

A Igreja no Brasil – pág. 04


Beatificação dos mártires gaúchos
No dia 21 de outubro, o Rio Grande do Sul assistirá à cerimônia de beatificação de sues mártires: Adílio Daronch e padre Manuel Gonzalez.

Enfoque – pág. 07



Legalização do aborto: a quem interessa?
A dra. Dolly Guimarães e o pe. Berardo Graz apresentam os argumentos dos que defendem a legalização do aborto no Brasil e mostram a que interesses essa prática realmente favorece.

Reportagem – pág. 14


Adoção: um amor para sempre
O processo de adoção é padronizado em todo o Brasil. Mas cada caso envolve histórias diferentes de vida e exemplos únicos de amor.

Liturgia e vida – pág. 22



Celebrar para resistir
Qualquer celebração tem uma conotação de festa e alegria. Porém não se pode esquecer que ela também está relacionada à resistência.

Entrevista – pág. 26



Olhando sempre para a frente
João Carlos Martins é pianista e maestro. Sua vida é um exemplo de determinação e superação, além de profundo amor pela música, por Bach e pela humanidade.

Reflexão – pág. 30


A bem-aventurada Albertina Berkenbrock
A Dioceses de Tubarão (SC) está em festa. Em 20 de outubro, sua mártir e santa receberá a honra dos altares, dando exemplo de coragem, fé e fortaleza cristã.

Assunto de família – pág. 31



Vamos brincar?
Brincar é o trabalho das crianças. Essa é uma atividade indispensável para que elas tenham um desenvolvimento saudável e harmonioso.

Ser humano – pág. 35


Dependência e carência afetiva: qual o problema?
Padre Adalto Chitolina esclarece qual é a diferença entre carecer e depender dos afetos das outras pessoas. Com certeza, são coisas bem distintas.

Memorandum – pág. 36



Fátima: 90 anos de manifestações de Deus
Orar e abrir-se para Deus é a mensagem que Maria deixou em Fátima. Em 13 de outubro, comemoram-se 90 anos de sua última aparição aos pastorezinhos.            

11 setembro 2007

Um pouco do que tem na edição de setembro!!!

Enfoque - pág. 08



América Latina em estado de missão
O Documento da Conferência de Aparecida já foi aprovado. Agora é hora de a Igreja latino-americana mobilizar-se para a grande e permanente missão continental.

Reportagem - pág. 14



Mulheres na Bíblia
Nem sempre santas e virtuosas, mas, com certeza, Deus teve uma razão muito forte para colocar cada uma delas nos textos sagrados. Hoje, elas são exemplos de fé para nós.

Estudo bíblico - pág. 20



A Palavra se fez carne
No mês da Bíblia, pe. André Vital mostra qual era o sentido do termo "palavra" nos escritos de João Evangelista. E conclui: a Palavra não é apenas um livro; ela é carne.

Entrevista - pág. 26



Vencedor na vida e na vela
Lars Schmidt Grael é um velejador conhecido em todo o Brasil e no mundo. Há muita luta, grandes desafios e alguns sofrimentos em sua vida. Em tudo, ele é um vencedor.

Além dos limites - pág. 34



Um pequeno campeão
Nathan é um garoto de 9 anos que tem diabetes tipo 1. Porém, com a ajuda de sua mãe, ele não permite que a doença imponha limites à sua vida.

Ser humano - pág. 35



E por falar em Semana da Pátria...
Disciplina, ordem e civismo parecem estar desaparecendo, mas ainda são valores a serem desejados. Com certeza, eles estão fazendo falta aos estudantes de hoje.

05 setembro 2007

Os 10 Mandamentos da Internet

1º mandamento: “Amar a Deus sobre todas as coisas”: clique em ferramentas, opções e comece colocando algum site católico como página inicial do sei browser. Sugestão: http://www.dehonbrasil.com/

2º mandamento: “Não tomar Seu Santo Nome em vão”: Se você não é autorizado pela Igreja, não fale como se possuísse a verdade eterna. Não poste em seu BLOG a SUA verdade como se fosse a verdade oficial da Igreja. pode confundir os irmãos.

3º mandamento: “Guardar os domingos e festas”: Saia do quarto, da frente deste computador e vá na missa, no grupo de oração, na reunião de pastoral. A vida não se resume ao virtual. Viva a vida real.

4º mandamento: “Honrar pai e mãe”: Será que lá na sala não estão pessoas que esperam sua presença. Coragem: clique em iniciar, desligar o computador (não coloque apenas em modo de hibernação, pensando em voltar logo). Dê atenção aos seus pais, mesmo que eles nãoentendam nada de computador e não tenham a mínima noção do que é BLOG, ou CHAT.

5º mandamento: “Não matar”: fuja dos joguinhos eletrônicos que fazem da morte e da violência um divertimento macabro.

6º mandamento: “Não pecar contra a castidade”: Nunca visite sites pornográficos nem mantenha conversas dúbias em chats. Se já fez isso, formate sua máquina e comece do zero. Por Hoje Não. Outra coisa: formate seu coração com uma boa confissão.

7º mandamento: “Não furtar”: não roube senhas, não fique bisbilhotando a vida dos outros, não seja um rato de computador que utiliza o conhecimento para o mal. Não procure comprar coisas sem pagar ou tirar vantagemns virtuais.

8º mandamento: “Não levantar falso testemunho”: Não minta. A mentira virtual é tão pecaminosa quanto a mentira real. Não brinque de ser grande, loiro de olhos azuis se você é pequeno, e tem olhos e cabelos castanhos. Diga a verdade. Seja autêntico na NET. Vale a pena.

9º mandamento: “Não desejar a mulher do próximo” : Traição virtual é um dos grande pecados de hoje. Fuja desta brincadeira. Muitas famílias estão sendo destruídas assim. Não é porque a pessoas está distante e é desconhecida que a coisa é menos grave. É pecado mortal, pois mata famílias. É adultério.

10º mandamento: “Não cobiçar as coisas alheias”: Vemos tantas coisas na Net. Nem sempre temos tudo aquilo. Cuidado com o consumismo: mais um pendrive, mais um HD, outro micro, outro monitor… e assim vai. Tenha um micro bom. Mas não entre no círculo vicioso de querer trocar de micro a cada seis meses.

Se tiver sugestões para este artigo, mande que acrescentarei. Um abraço
P. Joãozinho, scj
http://blog.cancaonova.com/padrejoaozinho/

31 agosto 2007

Olha com quem é a entrevista da edição de setembro...




Vencedor na vida e na vela
Lars Schmidt Grael é um velejador conhecido em todo o Brasil e no mundo. Há muita luta, grandes desafios e alguns sofrimentos em sua vida. Em tudo, ele é um vencedor.

29 agosto 2007

Diferenças entre ricos e pobres no Brasil



As despesas correntes médias dos 10% mais ricos superam dez vezes as dos 40% mais pobres no Brasil, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE.
De acordo com o estudo, as despesas per capita dos 40% mais pobres são em média de R$ 180 ao mês, enquanto as dos 10% mais ricos chegam a R$ 1.800.
A Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003 "confirma a distribuição desigual da riqueza no país", disse o IBGE.
O estudo considera como 10% mais ricas as famílias com renda mensal superior a R$ 3.875,78 per capita, e as mais pobres com R$ 758,25 mensais por pessoa.
Em geral, as 48,5 milhões de famílias brasileiras, independentemente do status social e econômico, destinam 35,5% dos gastos à habitação; 20,75% à alimentação; 18,44% ao transporte; 6,49% à saúde e 4,08% à educação.
A despesa média mensal de uma família brasileira é de R$ 1.794,32, mas há uma ampla diferença racial: uma família cujo chefe é branco chega a ganhar R$ 2.262,24, enquanto uma família chefiada por um negro não passa de R$ 1.245,09.
Segundo o nível de instrução formal, as famílias cujo chefe tem mais de 11 anos de escolaridade têm despesas médias de cerca de R$ 3.796, enquanto esse valor se reduz a um quinto entre as que têm chefe com menos de um ano de instrução, para R$ 752.
Da mesma forma, as famílias que vivem nas cidades ganham e gastam mais do que as que vivem em áreas rurais.
As famílias comandadas por homens têm renda 21% mais altas que as chefiadas por mulheres, e também gastam mais com alimentação, transporte e recriação.


Fonte: Agencia EFE/ Yahoo!


Multimídia:
assista ao vídeo "Ilha das Flores", produzido em 1989.

20 agosto 2007

Um pouco da edição de agosto

Palavra de padre – pág. 07



Católicos perdoam. Não matam.
Os católicos já foram violentos. Demorou séculos para entendermos que um católico não mata em nome de Jesus nem pratica atos de violência.

Espiritualidade – pág. 10



Dominicanos: os pregadores
A pregação é o ideal central da vida religiosa estabelecida por Domingos de Gusmão. Nessa congregação, nada pode reprimir o ardor missionário.

Justiça e paz – pág. 18



Novos Direitos Humanos
A globalização trouxe novos problemas para o planeta e novos desafios para a humanidade. Por isso é preciso falar hoje em novos Direitos Humanos.

Ecumenismo – pág. 21



Por uma Igreja de comunhão
A Igreja nasceu para ser ecumênica, para acolher todos, para ser unidade. A Igreja é comunhão e participação em sua identidade.

Liturgia e vida – pág. 22



Missa em latim
No motu próprio Summarum Pontificum, Bento XVI autoriza a missa em latim, seguindo o rito anterior à reforma litúrgica. O que isso quer dizer para a Liturgia?

Direito Canônico – pág. 24



A comunidade eclesial e a catequese
Entre os vários meios para anunciar o Evangelho, a Igreja destaca a catequese, pela qual se ensina a doutrina cristã de forma sistemática.

Entrevista – pág. 26



Não percam as esperanças
O secretário executivo da Comissão Brasileira Justiça e paz fala sobre um caminho de paz para o mundo. Uma paz que se constrói no diálogo e na tolerância.

Parada jovem – pág. 32



A vocação de ser jovem
A vocação é um dom que recebemos de Deus. Ser jovem também é um dom. Pensar sobre isso é uma forma de dar mais qualidade à juventude.

Memorandum – pág. 36



Integridade em tempos de fragmentação
Em 28 de agosto a igreja lembra santo Agostinho. Nos dias atuais, a espiritualidade desse santo é uma fonte de águas refrescantes que alivia a fatiga humana.

19 agosto 2007

Álcool faz bem, mas só para quem sabe beber


As bebidas alcoólicas em doses (bem) moderadas podem trazer benefícios ao organismo, mas, a verdade é que o brasileiro não sabe beber moderadamente. É por isso que os médicos aconselham que a abstinência é a melhor forma de lidar com o álcool no país. “Não existe uma tradição de uso tranqüilo do álcool entre os brasileiros”, afirma a neurologista e psiquiatra Florence Kerr-Corrêa, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), uma das maiores autoridades brasileiras na área.

“Quando se abre uma garrafa de vinho, é raro que se tome apenas uma taça. É preciso acabar com a garrafa. Por isso que eu não recomendo o consumo do álcool nem pelos seus efeitos terapêuticos”, disse ela.

Segundo a médica, o álcool pode fazer bem para a circulação, melhorando o trabalho do coração e evitando a arteriosclerose. E não é apenas o vinho, como muitos pensam, mas qualquer bebida alcoólica. “A chave, no entanto, está no consumo moderado e é muito complicado estabelecer o que é um consumo moderado na cabeça das pessoas”, diz Kerr-Corrêa.

Ela explica onde está a segurança quando o assunto é bebida alcoólica. O consumo é considerado “moderado” quando o homem não passa de 14 doses na semana e a mulher de sete, sem jamais ultrapassar quatro doses de uma vez para eles, e três para elas. “O ideal é uma dose por dia para as mulheres e duas para os homens”, explica. Uma “dose” é mais ou menos a quantidade de álcool que existe, por exemplo, em uma taça de 750ml de vinho ou em uma latinha, meia garrafa, ou uma “long neck” de cerveja.

Florence Kerr-Corrêa diz que essas bebidas, por serem fermentadas, são mais recomendadas ao consumo consciente, porque, os destilados, como vodca e cachaça, são mais difíceis de serem controlados. Qualquer benefício do álcool, no entanto, é imediatamente eliminado assim que a pessoa deixa a moderação de lado. “O álcool é a principal causa de incapacitação por doença entre os brasileiros. A grande maioria das quedas, acidentes, problemas de saúde que chegam a um hospital têm algum relação com o consumo de bebida alcoólica”, diz ela.

A especialista afirma que o maior risco está entre jovens e homens. “Já vi universitários falando que deixariam de ir em uma festa porque estavam tomando antibiótico e não poderiam beber. Quer dizer que festa só é divertida com álcool? É preciso estar embriagado para ser feliz? Isso é completamente errado”, critica.

Outro perigo está nas festas, com as pessoas que nunca bebem e aproveitam para exagerar na celebração. “Parece que comemoração é sinônimo de bebida e é aí que mora o perigo”, diz ela. O álcool causa dependência, problemas no fígado e nos rins, afeta a concentração e atrapalha a memória. Qualquer problema físico, e eles não são poucos, no entanto, parece pequeno perto dos enorme males “sociais” do álcool. “Bebida alcoólica em excesso gera violência e acidentes. E não apenas acidentes automobilísticos, que já são uma preocupação importantíssima.

O álcool afeta o equilíbrio e a atenção e predispõe o usuário a se machucar. Faz ele se tornar violento contra pessoas desconhecidas, conhecidas e até contra familiares. Abre uma porta perigosa para o sexo sem proteção. Uma dose a mais pode deixar o caminho livre para uma gravidez indesejada, para contaminação por Aids e para doenças sexualmente transmissíveis”, alerta a médica. Além disso, quando o álcool afeta e modifica os neurônios, há o risco do alcoolismo. E quem cai nessa armadilha, nunca mais vai se relacionar normalmente com a bebida.

Kerr-Corrêa alerta para os sintomas, que não são tão simples de serem observados. “Beber uma dose por dia faz bem, não é sinal de alcoolismo. Mesmo quem bebe demais de vez em quando pode não ser um alcoólico -– se conseguir parar. O sinal é quando a pessoa deixa de mandar no álcool e o álcool passa a mandar na pessoa”, explica. “Se você sente que precisa tomar uma dose, se vive fazendo promessas de que vai parar de beber, se fica nervoso e agitado quando passa muito tempo sem álcool, é um sinal de que você está perdendo a sua liberdade e que é hora de procurar ajuda”, aconselha.
Foto e texto: Marilia Juste - G1/Globo

11 agosto 2007

Mãe acorrentava filho para protegê-lo das drogas


Um adolescente de 16 anos havia sido acorrentado à cama pela mãe em Caxias do Sul (RS) e desde sexta-feira (dia 10) está internado em uma clínica de desintoxicação em Porto Alegre. A mãe diz que o prendeu para tentar protegê-lo, porque ele é usuário de crack. O rapaz permanecerá na clínica por 15 dias, depois passará por nova avaliação médica, de acordo com a mãe do jovem.
Em entrevista, a mulher de 36 anos contou que prendeu o filho para evitar que ele usasse crack. “Não é fácil chegar ao ponto de acorrentar o próprio filho, mas foi o único meio que encontrei para segurá-lo em casa. Eu só estava preocupada em mantê-lo longe da droga”, afirma. “Meu filho sabe que foi para o bem dele e aceitou, não ficou revoltado.” Auxiliar de produção em uma metalúrgica, a mãe do adolescente explicou que o jovem quer ajuda para largar o vício. “Ele está motivado desta vez, mas sozinho não consegue. Eu sofro, mas tenho pena dele quando me olha e fala ‘mãe, me ajuda, porque o crack é mais forte que eu’”, diz. O jovem já havia sido internado antes, mas fugiu da clínica.

O adolescente começou a usar maconha aos 12 anos, por influência de amigos, e hoje é usuário de crack, segundo a mãe. Para sustentar o vício, ele acabou vendendo eletrodomésticos e objetos da casa, além de roupas e sapatos. “Ele vendeu tudo o que eu tinha, até chinelo de dedo usado”, afirma a mãe, que já teve de buscar o filho na delegacia à noite porque ele foi preso por andar só de cuecas na rua. Para ela, o momento mais difícil foi quando chegou em casa um dia e não encontrou nada. “Eu tive aquele choque, pensei que a casa tivesse sido assaltada. Sumiu a TV, o DVD, o microondas, eletrodomésticos, minhas roupas e até brinquedos da minha outra filha, que tem 6 anos”, diz. “Pensei que tivessem levado meu filho e foi um alívio quando ele voltou, apesar de ter sido ele mesmo que vendeu tudo que tínhamos.”

A mãe do jovem diz que gasta quase todo o salário de R$ 600,00 para pagar despesas do filho e dívidas acumuladas por causa do uso de drogas. “Ele já foi internado antes e tive de arcar com parte dos custos. Não tinha dinheiro para a comida, então tinha de jantar com minha filha na casa do meu sogro”, diz a mulher, que é separada, mas afirmou receber ajuda financeira e apoio emocional do pai do adolescente.
Foto: Nereu de Almeida/Pioneiro/Ag. RBS
Reportagem: G1/Globo

31 julho 2007

Saiu a edição de agosto


Nossa edição de agosto fala de muitas causas idealistas: o ideal da Igreja na área da Educação, nem sempre compreendido e hoje até criticado (Reportagem); o projeto simples do Floresta que cresce (Enfoque), uma semente que pode mesmo virar uma grande floresta; a história de vocação do pe. Joãozinho (Leituras da vida); a reflexão sobre os novos direitos humanos (Justiça e paz); a missão continental proposta pela Conferência de Aparecida (Notas pastorais); a solidariedade do dr. Carlos Moura com os excluídos (Entrevista).
Pode ser um pequeno ideal, mas ele deve valer o nosso sacrifício, a nossa luta. Espero que a leitura dessa edição encoraje-o no seu ideal, na sua luta, na vivência e na busca de seu tesouro, onde, com certeza, vão estar todas as suas forças, vai estar seu coração.

20 julho 2007

Na edição de julho

Edição n. 131 - "Só Deus é minha rocha, minha salvação, minha fortaleza, jamais vacilarei" :: 01/07/2007


Palavra de padre – pág. 07




Ali Babá e milhares de ladrões
Do jeito que estão as coisas, parece que praticamente todos os brasileiros já foram assaltados, roubados, espoliados ou ameaçados. Faltam profetas no nosso país.

Viver o tempo – pág. 13



Tempo de luto, tempo de luta
Perder alguém que se ama é também perder-se de si mesmo. Por isso, essa experiência traz sempre renovação, uma reconstrução interior.

Notas pastorais – pág. 19



40 anos de RCC
A Renovação Carismática Católica trouxe a redescoberta da presença e da ação do Espírito Santo na Igreja. Mas, aos 40 anos, ela ainda é um movimento muito novo.

Liturgia e vida – pág. 22



A Pastoral Litúrgica visita Betânia
Maria, Marta e Lázaro, os irmãos de Betânia, proporcionam algumas inspirações às equipes de liturgia. Vale a pena conhecer o que eles têm a ensinar.

Direito Canônico – pág. 24



O ministério de padrinho e de madrinha
O padrinho tem a função de ajudar o afilhado na iniciação cristã. Ser padrinho e madrinha é assumir um verdadeiro ministério dentro da Igreja.

Entrevista – pág. 26



Cinema por paixão e profissão
Helvécio Ratton é um cineasta brasileiro premiado no mundo inteiro. Neste ano, ele lançou seu quinto longa-metragem: Batismo de sangue, baseado no livro homônimo de frei Betto.

Assunto de família – pág. 31



Alimentos, vaidades e poderes
A mãe de família gasta tempo e energia enormes com a alimentação. Muitas vezes, porém, essa é uma tentativa de exercer poder sobre os outros e, não, de demonstrar seu amor.

Ser humano – pág. 35



Maturidade não é um ponto de chegada
Os humanos maduros também erram. Sua maturidade se mede pela capacidade de reconhecer e aceitar os próprios erros, sem parar neles.

Nós, dehonianos – pág. 40



MDJ: jovem em missão
A Missão Dehoniana Juvenil é um projeto missionário inspirado na espiritualidade de pe. Dehon. Portanto ela traz a mística do Coração de Jesus.

25 maio 2007

Saiu a edição de junho da IR ao POVO!!!



A mensagem do Papa no Brasil foi, na sua essência, de encorajamento para a vivência da fé. Para quem fez a experiência pessoal com Jesus, com a beleza e o mistério da Igreja, sacramento de Cristo, a mensagem do Papa bendito foi muito clara e positiva.
Estivemos em vários momentos da visita do Papa. A emoção e a fé do povo eram impressionantes e contagiantes. É disso que falamos em nossa reportagem especial.

A entrevista com dom Murilo Krieger é muito esclarecedora sobre a vida da Igreja no momento. Você pode ainda crescer e se enriquecer com os vários artigos de nossos colaboradores e os convidados para essa edição.

24 maio 2007

Não existe caminho para a paz: a paz é o caminho

Não temos receio em afirmar que duas frases simples do último século colocam todas as religiões diante da verdade da fé.
A primeira é de Abraham Johannes Muste que dizia: "Não Existe caminho para a paz, a paz é o caminho". E a de Hans Küng que disse: "Não haverá paz no mundo, enquanto não houver paz entre as religiões". Não há como dizer qual delas é mais verdadeira.
Muste dizia que o maior problema da guerra é o vencedor. Pois o vencedor fica com a convicção que a violência dá resultado. "Quem lhe ensinará uma nova lição?" Perguntava Muste.
A cada Semana de Oração voltamos à frase desafiadora de Küng: "Não haverá paz no mundo enquanto não houver paz entre as religiões". Isso nos coloca na parede quanto ao nosso papel como cristãos e construtores da Paz. O desafio da Semana de Oração nem é, aparentemente, tão grande assim, pois a proposta é para nos unirmos com nossos irmãos católicos e protestantes pelo uma vez por ano para rezar.
Mas é surpreendente as confusões que surgem. Rapidamente nos vemos no meio de uma guerra; uma guerra de egos, de donos do céu, donos de Jesus...
Nessa guerra, os vencedores logo aparecem; são os que ficam de fora, os que negam a se juntar, os que atacam e lançam toda sorte de maledicência dizendo, por exemplo, que os católicos querem evangelizar os protestantes ou vice-versa. Nessa hora vem a lembrança de Muste: "O pior da guerra são os vencedores, quem lhes ensinará uma lição nova?"
Aqui em casa já nos acostumamos a ficar do lado dos "perdedores". Ou seja, fazemos parte de uma minoria que insiste em orar juntos ao menos uma vez por ano e sonhar com um futuro onde a tolerância e o respeito sejam tão fortes, que nem nos importará saber a qual igreja pertence nossos amigos e amigas da Semana de Oração.
De fato já experimentamos isso há vários anos. O melhor é que a cada ano aumenta nossa lista de amigos que continuam a nos brindar com amizade, bondade e aquela paz que supera todas as barreiras lastimavelmente levantadas pelos "vencedores" da guerra contra o ecumenismo.
Na prática quer dizer que se tivermos uma emergência numa noite fria e chuvosa teremos com quem contar. Isso não é pouca coisa
Juntos nessa simplicidade da vida, somos grãozinhos pequenos. Mas Jesus já dizia: "Deixe vir a mim os pequeninos, porque eles são de paz".
Que a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos seja, também para você, oportunidade de aprender coisas novas. Só os verdadeiros vencedores se fazem aprendizes dia-a-dia.

Fonte: Adital
Texto: Stephen e Maria Newnum
Missionário metodista, doutor em Ciências da Religião, integrante Movimento Ecumênico de Maringá - teóloga metodista e Vice-presidente do Movimento Ecumênico de Maringá

29 abril 2007

Veja destaques da edição de maio




Enfoque – pág. 08




O trabalho escravo
Engana-se quem pensa que o trabalho escravo já foi abolido do Brasil. Ele ainda é praticado em muitos lugares e ajudar a combatê-lo é dever de cada cidadão.

O Coração de Jesus – pág. 11



Santa Margarida Maria
A fé, a consagração e a reparação ao Sagrado Coração de Jesus são aspectos fundamentais da devoção que santa Margarida Maria ajudou a propagar no mundo.

Notas pastorais – pág. 19



Pastoral do menor, 30 anos
Sempre na vanguarda da defesa dos direitos de cidadania da criança e do adolescente, a Pastoral do Menor comemora seus 30 anos consciente de que ainda há muito para fazer.

Ecumenismo – pág. 21



A arte de cuidar
No mês da celebração da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos, o artigo de pe. Elias Wolff traduz o sentido fundamental da convivência ecumênica.

Direito Canônico – pág. 24



Celibato eclesiástico
Por que os padres não se casam? O celibato sacerdotal é uma regra, uma ordem ou um dom de Deus? As respostas podem ser encontradas nesse texto de pe. Celson Altenhofen.

Pensando a fé – pág. 25



O sinal de Caim
Deus é bom e misericordioso. A maldição que caiu sobre Caim e seus descendentes não foi sentenciada nem desejada por Deus, mas conseqüência do pecado. Essa é uma das conclusões deixadas pelo artigo escrito pelo teólogo Geraldo Bellocchio.

Entrevista – pág. 26



Para proteger nossas crianças
A professora e doutora Heloísa Szymanski, da área da Psicologia da Educação, acredita que a parceria entre escola, família e comunidade é o melhor caminho para a formação das novas gerações.

Além dos limites – pág. 34



Em busca de melhores marcas
A vida de Keila da Silva Costa, atleta de Salto Triplo e Salto em Distância, é um exemplo de superação e de conquista de bons resultados. Agora, ela está em busca de uma medalha nos Jogos Panamericanos.

26 abril 2007

IR ao POVO - edição de maio

Edição n. 129 - "Maria é modelo de ir ao povo para levar Jesus"
Uma edição bem diversificada que fala da Conferência de Aparecida (Reportagem), um auditor do trabalho comenta sobre o problema do trabalho escravo (Enfoque), tem artigo sobre a violência doméstica (Assunto de família), sobre Maria grávida, a protetora das mães (Memorandum). Só você lendo... É uma edição sob a proteção de nossa Mãe do Céu e que vai agradar-lhe muitíssimo.


Saiba mais - www.iraopovo.com.br

24 abril 2007

Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Vocações


Veneráveis Irmãos no Episcopado,

Queridos irmãos e irmãs!


O Dia Mundial de Oração pelas Vocações é uma bela ocasião para colocá-los diante da importância das vocações na vida e na missão da Igreja e para intensificarmos nossas orações para seu crescimento em número e em qualidade. Por ocasião desse evento gostaria de chamar atenção de todo o Povo de Deus para um tema cada vez mais urgente: a vocação ao serviço da Igreja-comunhão.No ano passado iniciei nas audiências das quartas-feiras uma nova série catequética sobre o relacionamento entre Cristo e a Igreja. Enfatizei que a primeira comunidade cristã foi originariamente construída quando alguns pescadores da Galiléia, após seu encontro com Jesus, foram tocados pelo seu olhar e pela sua voz, aceitando, em seguida, o seu urgente convite: "Sigam-me, e eu farei vocês se tornarem pescadores de homens" (Mc 1,17; cf. Mt 4,19). Na verdade, Deus sempre tem escolhido certas pessoas para trabalhar com Ele, de um modo mais direto, para executar seu plano de salvação. O Antigo Testamento mostra como no início Deus chamou Abraão para tornar-se "uma grande nação" (Gn 12,2); depois, chamou Moisés para levar os filhos de Israel fora do Egito (cf. Ex 3,10). Deus escolheu outras pessoas, especialmente os profetas, para defender e manter viva a aliança com seu povo. No Novo Testamento Jesus, o Messias prometido, convidou cada um dos apóstolos para ficar ao seu lado (cf. Mc 3,14) e envolver-se na sua missão. Por ocasião da Última Ceia, quando lhes confiou a missão de perpetuar a lembrança de sua morte e ressurreição até a sua vinda gloriosa no fim dos tempos, dirigiu-se ao Pai e orou a conhecida oração: "E eu tornei o teu nome conhecido para eles. E continuarei a torná-lo conhecido, para que o amor com que me amaste esteja neles, e eu mesmo esteja neles" (Jo 17,26). A missão da Igreja, portanto, baseia-se na comunhão íntima e fiel com Deus.A Constituição Lumen gentium do Concílio Vaticano II descreve a Igreja como "um povo feito uno através da unidade com o Pai, o Filho e o Espírito Santo" (n. 4), no qual se reflete o próprio mistério de Deus. Reflete-se nela o amor da Santíssima Trindade; pela obra do Espírito Santo, seus membros formam "um só corpo e um só espírito" em Cristo. Esse povo, organicamente estruturado sob a direção de seus Pastores, vive o mistério da comunhão com Deus e com seus irmãos, de modo especial quando se encontra na Eucaristia. A Eucaristia é a fonte da unidade eclesial pela qual Jesus rezou antes de sua Paixão: "Pai ... para que todos sejam um [...] a fim de que o mundo acredite que tu me enviaste" (Jo 17,21). Essa intensa comunhão favorece o surgimento de generosas vocações para o serviço da Igreja: o coração daquele que crê, cheio de amor divino, fica incentivado para dedicar-se totalmente pela causa do Reino. Para que as vocações sejam incentivadas é importante organizar um trabalho pastoral direcionado precisamente ao mistério da Igreja-comunhão. De fato, quem vive na comunidade eclesial caracterizada pela harmonia, pela co-responsabilidade acolhedora, facilmente aprende a discernir o chamado do Senhor. O cuidado das vocações, portanto, necessita de uma constante "educação" para ouvir a voz de Deus, como Eli fez quando ajudou o pequeno Samuel a compreender o que Deus estava lhe pedindo fazer e a executar imediatamente a ordem dada (cf. 1Sm 3,9). É óbvio que o dócil e atencioso escutar pode acontecer apenas num clima de íntima comunhão com Deus. Realiza-se isso principalmente na oração. De acordo com a ordem explícita do Senhor imploramos o dom das vocações, em primeiro lugar, pela oração incansável e em comunidade, ao "Senhor da messe". O convite está no plural: "Por isso, peçam ao dono da colheita que mande trabalhadores para a colheita" (Mt 9,38). O convite do Senhor corresponde exatamente com o estilo do "Pai Nosso" (Mt 6,9), a oração que nos ensinou e que constitui como "a síntese de todo o Evangelho", na opinião da expressão conhecida de Tertuliano (cf. De Oratione, 1,6: CCL I, 258). Uma outra expressão de Jesus é, nesse contexto, extremamente iluminadora: "Se dois de vocês na terra estiverem de acordo sobre qualquer coisa que queiram pedir, isso lhes será concedido por meu Pai que está no céu" (Mt 18,19). O Bom Pastor nos convida, portanto, a rezar ao Pai celestial, unidos e perseverantes, para que mande vocações a serviço da Igreja-comunidade.Acolhendo a experiência pastoral de todos os séculos passados, o Concílio Vaticano II salientou com grande clareza a importância de educar os futuros sacerdotes para uma autêntica comunhão eclesial. A esse respeito Presbyterorum ordinis orienta: "Exercendo, com a autoridade que lhes toca, o múnus de Cristo cabeça e pastor, os presbíteros reúnem, em nome do bispo, a família de Deus, como fraternidade bem unida, e por Cristo, no Espírito, levam-na a Deus Pai" (n. 6). A Exortação Apostólica pós-sinodal Pastores dabo vobis repete a afirmação do Concílio quando insiste que o sacerdote é "servidor da Igreja comunhão porque - unido ao Bispo e em estreita relação com o presbitério - constrói a unidade da comunidade eclesial na harmonia das diferentes vocações, carismas e serviços" (n. 16). Será indispensável que cada ministério e cada carisma no seio do povo cristão estejam direcionados à comunhão plena. É a tarefa do bispo e dos sacerdotes promovê-la em harmonia com as outras vocações e os outros serviços eclesiais. A vida consagrada está, por natureza, a serviço dessa comunhão, como foi salientado pelo meu predecessor João Paulo II na Exortação Apostólica pós-sinodal Vita consecrata: "Atribui-se à vida consagrada o mérito de ter ajudado manter viva na Igreja a obrigação da fraternidade como testemunho da Santíssima Trindade. Através do amor fraterno, especialmente na vida em comum, a vida consagrada mostrou que a participação na comunhão trinitária pode mudar os relacionamentos humanos e criar um novo tipo de solidariedade" (n. 41).No centro de cada comunidade cristã há a Eucaristia, a fonte e o auge da vida eclesial. Aquele que se coloca a serviço do Evangelho e se nutre com a Eucaristia progride no amor a Deus e ao irmão, contribuindo na construção da Igreja-comunhão. Podemos afirmar que o "amor eucarístico" motiva e alicerça a atividade vocacional de toda a Igreja porque, como escrevi na encíclica Deus caritas est, as vocações para o sacerdócio e para os ministérios e serviços desabrocham no Povo de Deus onde há pessoas nas quais Cristo pode ser visto através de sua Palavra, nos sacramentos e, especialmente, na Eucaristia. Isso acontece porque "na liturgia da Igreja, em sua oração, na comunhão viva dos crentes, temos experiência do amor de Deus, percebemos sua presença e aprendemos a reconhecer essa presença em nossa vida diária. Ele nos amou primeiro e continua amando-nos; nós também correspondemos com nosso amor" (n. 17).Finalmente, voltemo-nos a Maria, que deu apoio à primeira comunidade onde "todos tinham os mesmos sentimentos e eram assíduos na oração" (At 1,14), para que Ela ajude a Igreja a ser um ícone da Santíssima Trindade no mundo de hoje, um sinal eloqüente do amor divino para todas as pessoas. Que a Virgem Maria, a qual respondeu imediatamente ao chamado do Pai, dizendo "Eis a escrava do Senhor" (Lc 1,38), interceda para que no seio do povo cristão não faltem servos do amor divino, ou seja, sacerdotes que, em comunhão com seus bispos, anunciem fielmente o Evangelho e celebrem os sacramentos, cuidem do Povo de Deus e estejam preparados para anunciar o Evangelho a todas as pessoas. Que Ela ajude para que em nossos dias cresça o número de pessoas consagradas, que vão contra a correnteza, vivendo os conselhos evangélicos da pobreza, castidade e obediência, dando profeticamente testemunho de Cristo e de sua mensagem libertadora de salvação.Prezados irmãos e irmãs, chamados pelo Senhor às diferentes vocações particulares na Igreja, confio vocês de modo especial a Maria para que Ela, a qual mais que todos tem compreendido o significado das palavras de Jesus: "Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática" (Lc 8,21), ensine-os a ouvir seu Filho divino. Que Ela os ajude a dizer através de sua vida: "Eis-me aqui, ó Deus, para fazer a tua vontade" (cf. Hb 10,7). Com esses desejos, asseguro a vocês um lugar nas minhas orações, abençoando-os de todo o meu coração.

Cidade do Vaticano, 10 de fevereiro de 2007.
BENTO XVI

Tradução distribuída pela Santa Sé
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