PROFETAS DO AMOR!
por Josimar Baggio
“Permanecem fé, esperança, amor, estas três coisas. A maior delas, porém, é o amor”. (1Cor 13,13)
“Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor”. (1Jo 4,8)
O amor é parte essencial da vocação do ser humano à vida, à vida cristã e à santidade. Diz a Palavra de Deus, que ainda que tenhamos dons variados e capacidades múltiplas, se não houver a caridade, o amor, de nada adianta. Mas nos vem um questionamento: o que é o amor, ou o que é amar? A resposta devemos buscar em todos os momentos da nossa vida. Precisamos aprender sempre mais sobre o amor e o melhor modo de amar a nós mesmos, a Deus e aos demais.
As Sagradas Escrituras dizem que “Deus é amor!” (1Jo 4,8). E desta maneira, o amor, entra no cerne, no mais profundo daquele que crê neste Senhor, e que o busca no seu modo de viver, no seu cotidiano, nas suas experiências pessoais. Por isso, Santa Terezinha do Menino Jesus, diz, por exemplo, que pequenas ações, pequenos gestos, quando praticados com amor, tornam-se grandiosos aos olhos de Deus, que é definido como o próprio amor.
De fato, o grande “modelo”, o grande “paradigma” de amor, e de amor verdadeiro em sua essência e concretização, brota do Senhor, que cria; que chama o ser humano à vida; envia seu próprio Filho Único, para morrer em expiação de nossos delitos contra este próprio Senhor; e ainda como herança nos credita, nos presenteia com o seu Santo Espírito que caminha conosco. Sim, é uma verdadeira história de amor, de Nosso Deus para conosco.
Jesus, vindo ao mundo, nos quis revelar este Deus-Amor, um Deus que se importa com cada ser humano com especial carinho e atenção. E o foco central da pregação de Nosso Senhor quando esteve entre nós foi o que depois se chamou de síntese da lei: “Amarás a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a ti mesmo”.
Sabemos que este amor, exige de nós esforços. O amor para com o senhor e para com os irmãos nos é um desafio a cada dia, e para cumprir a lei do amor, a lei que gera vida, precisamos renovar o nosso “sim” a este projeto sempre com mais constância e dedicação.
Para amar a Deus sobre todas as coisas é preciso escolher estar com Ele, escolher amá-Lo, fazer a opção pelo Senhor e levar à risca no dia-a-dia esta escolha.
E para levar à perfeição esta escolha é preciso relativizar todas as coisas Neste que deve ser o foco central da nossa atenção. Assim, os aspectos supérfluos, os aspectos momentâneos se tornarão também dispensáveis na nossa vida, pois teremos presente a noção do que é o essencial, e o essencial é amar ao Senhor e honrá-Lo não somente com os lábios, mas também com o proceder.
A segunda parte do grande mandamento do amor vem dizer que é preciso amar aos irmãos como amamos a nós mesmos. Aqui é importante ressaltar de que o mandamento deixa claro que é preciso haver um amor-próprio, uma auto-aceitação pessoal, pois se alguém não ama a si a si mesmo, não poderá amar também amar o irmão, a irmã que convive com este alguém. Depois, partindo desta experiência de amor ao Senhor, e da experiência do amor-próprio, chega-se ao amor aos irmãos.
Este passo, via de regra, vem espontaneamente após a pessoa ter caminhado pelos estágios precedentes.
Portanto, o amor aos irmãos, para que seja autêntico, deve necessariamente passar pelo amor a Deus e pelo amor-próprio, caso contrário pode-se cair em assistencialismos e filantropismos, que colocam a carroça na frente dos bois, e que não precisamente exprimem a essência deste “AMOR” de que falamos.
Nós, Dehonianos, Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus, somos convidados e convocados pela nossa espiritualidade e pelas nossas constituições, a sermos Profetas do Amor, a sermos portadores deste amor que o Cristo veio nos trazer. Essa é uma das belas contribuições do nosso carisma à Igreja, levar um Deus-Amor, um Deus-Perdão, um Deus que se preocupa conosco.
É claro, para levarmos este amor, é preciso que provemos deste amor! E o fazemos não sós, mas juntos. Por isso vivemos em comunidade, experienciando o amor de Deus por nós e demonstrando o nosso amor a Ele; buscando ver em nós dons e talentos dados por Deus, como forma de valorização e amor-próprio; mas também e principalmente como ápice deste caminhar, experienciando o amor uns para com os outros, na alegria de estarmos juntos, unidos pó um ideal! “Deve-se poder dizer de nós: Vede como se amam!” (Pe. Dehon aos noviços, em 22/04/1881).
Por isso, meu irmão, minha irmã, eu ouso dizer que se você busca o amor de Deus e o experimenta nos relacionamentos, tanto consigo mesmo como com os irmãos, você também é um pouco Dehoniano, você é do Sagrado Coração de Jesus, você é parte da nossa família, você é um Profeta do Amor.
Que nesta caminhada ruma à meta de: “ser perfeitos como Nosso Pai o é”, possamos fazer de nossa vida um Ato de Amor, oferecendo tudo o que temos e somos a Aquele que é o amor, a quem tudo devemos, a quem em tudo nos confiamos.
JESUS MANSO E HUMILDE DE CORAÇÃO,FAZEI O NOSSO CORAÇÃO SEMELHANTE AO VOSSO!
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