PÁSCOA QUER DIZER "PASSAGEM"
por José Lucio Gruber
Analisemos um pouco da história para ver passagem de que, para que.
No livro do Êxodo que quer dizer “saída” o povo hebreu, povo escolhido, era escravo no Egito. O Egito era um estado pagão e seus ídolos eram muitos. Serviam para sustentar um estado em que seu soberano era um “escolhido pelos seus deuses”, o faraó. Quando Deus se manifesta a Moisés, que já havia demonstrado não aceitar a escravidão de seu povo, dá uma missão à ele de libertar o seu povo dessa sociedade que o “desumaniza” e que tem seus sistemas, como a religião, para sustentar a posição social de alguns privilegiados (faraós).
Deus manifesta seu poder, libertando seu povo da escravidão. “Passaram” da escravidão para a liberdade, assim como ao atravessarem o Mar Vermelho, a pé enxuto simbolizando essa “passagem” de um estilo de vida para outro.
Passaram “a pé enxuto”, em segurança de uma vida a outra, enquanto aqueles que queriam manter um regime opressor se “afogaram” no seu egoísmo, não “passaram” de um estilo de vida a outro.
Quando Jesus veio ao mundo, escolheu as pessoas simples, que eram oprimidas pelo estado (Roma) e pela religião, que estava nas mãos de sacerdotes, doutores da lei que a haviam desvirtuado, impondo ao povo inúmeros prescritos que eram obrigados a seguir.
Para não perderem seu “poder”, esses sacerdotes e escribas levaram Jesus para morrer. O mataram, mas Ele ressuscitou. “Passou” da morte para a vida, de algo "intranspossível" (morte), como o mar que estava à frente do povo no Êxodo.
Ao ressuscitar, apareceu às mulheres, que não eram valorizadas naquele tempo, Assim a religião verdadeira torna-se instrumento de libertação do povo, de sistemas que o “escravizam”.
Deus escolhe o povo, e sua salvação é para o povo, não para alguns privilegiados.
A nossa missão é lutar contra aquilo que oprime as pessoas e também despertar nas pessoas a luta pela valoração do povo, contra privilégios de poucos na sociedade.
Nos deparamos com muitos sistemas que oprimem, exploram e enganam o povo, a missão é profetizar contra isso, não de modo “agressivo”, mas despertar nas pessoas o bom senso de justiça, honestidade, valorização do ser humano, do amor fraterno.
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