30 abril 2006

MISSÃO

PÁSCOA QUER DIZER "PASSAGEM"
por José Lucio Gruber

Analisemos um pouco da história para ver passagem de que, para que.

No livro do Êxodo que quer dizer “saída” o povo hebreu, povo escolhido, era escravo no Egito. O Egito era um estado pagão e seus ídolos eram muitos. Serviam para sustentar um estado em que seu soberano era um “escolhido pelos seus deuses”, o faraó. Quando Deus se manifesta a Moisés, que já havia demonstrado não aceitar a escravidão de seu povo, dá uma missão à ele de libertar o seu povo dessa sociedade que o “desumaniza” e que tem seus sistemas, como a religião, para sustentar a posição social de alguns privilegiados (faraós).

Deus manifesta seu poder, libertando seu povo da escravidão. “Passaram” da escravidão para a liberdade, assim como ao atravessarem o Mar Vermelho, a pé enxuto simbolizando essa “passagem” de um estilo de vida para outro.

Passaram “a pé enxuto”, em segurança de uma vida a outra, enquanto aqueles que queriam manter um regime opressor se “afogaram” no seu egoísmo, não “passaram” de um estilo de vida a outro.

Quando Jesus veio ao mundo, escolheu as pessoas simples, que eram oprimidas pelo estado (Roma) e pela religião, que estava nas mãos de sacerdotes, doutores da lei que a haviam desvirtuado, impondo ao povo inúmeros prescritos que eram obrigados a seguir.

Para não perderem seu “poder”, esses sacerdotes e escribas levaram Jesus para morrer. O mataram, mas Ele ressuscitou. “Passou” da morte para a vida, de algo "intranspossível" (morte), como o mar que estava à frente do povo no Êxodo.

Ao ressuscitar, apareceu às mulheres, que não eram valorizadas naquele tempo, Assim a religião verdadeira torna-se instrumento de libertação do povo, de sistemas que o “escravizam”.
Deus escolhe o povo, e sua salvação é para o povo, não para alguns privilegiados.

A nossa missão é lutar contra aquilo que oprime as pessoas e também despertar nas pessoas a luta pela valoração do povo, contra privilégios de poucos na sociedade.

Nos deparamos com muitos sistemas que oprimem, exploram e enganam o povo, a missão é profetizar contra isso, não de modo “agressivo”, mas despertar nas pessoas o bom senso de justiça, honestidade, valorização do ser humano, do amor fraterno.

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