por Cardeal Geraldo Majella Agnelo - presidente da CNBB
A difusão do livro “O Código Da Vinci”, de Dan Brown, e do filme baseado sobre a obra, tem suscitado em muitas pessoas perplexidades, dúvidas e confusão a respeito de algumas verdades fundamentais da fé cristã referentes a Jesus Cristo e à Igreja.
A CNBB, consciente de sua responsabilidade em relação à defesa da verdadeira fé da Igreja, vem a público para prestar alguns esclarecimentos.
Não devemos esquecer que a obra em questão é de ficção e não retrata a história de Jesus, nem da Igreja. Não se pode atribuir verdade às afirmações claras ou veladas do autor. O que é fantasia deve ser lido e entendido como fantasia. As únicas fontes dignas de fé sobre a vida de Jesus e o início da Igreja são os textos do Novo Testamento, da Bíblia. A história da Igreja, depois dos apóstolos, está retratada em obras de caráter histórico, cujas afirmações são respaldadas pelo rigor do método histórico.
Alertamos, portanto, que a obra, no seu gênero fantasioso, apresenta uma imagem profundamente distorcida de Jesus Cristo, que está em contraste com as pesquisas e afirmações de estudiosos de diversas áreas das ciências humanas, da teologia e dos estudos bíblicos, ao longo de dois mil anos de história do cristianismo.
É lamentável que a obra, com roupagem pseudo-científica, se ponha a versar de maneira leviana e desrespeitosa sobre convicções tão sagradas para os cristãos. Muitos cristãos sentem-se feridos em sua fé e nas convicções que lhes são profundamente caras. Outras pessoas são induzidas à dúvida sobre verdades da fé pregadas pela Igreja, desde sua origem, e transmitidas de geração em geração, com zelosa fidelidade à doutrina dos apóstolos. Ainda outras são levadas, inclusive, a levantar suspeitas sobre a honestidade da Igreja nas afirmações de fé sobre Jesus Cristo, seu divino fundador.
Diante disso, afirmamos, com toda convicção, que a Igreja, de forma alguma, ocultou no passado, nem oculta no presente, a verdade sobre Jesus Cristo e sobre a origem dela própria. A Igreja não pode deixar de afirmar o sagrado patrimônio das verdades a respeito de Jesus Cristo e sobre si mesma, que ela recebeu dos apóstolos.
Convidamos todos a lerem os Evangelhos e demais textos do Novo Testamento da Bíblia, para encontrarem aí a imagem de Jesus Cristo, assim como é anunciada pela pregação da Igreja desde as suas origens. Por outro lado a leitura de algum bom livro de história da Igreja – e existem muitos! - poderá ajudar a conhecer a verdade histórica sobre a Igreja, que não é oculta nem subtraída ao conhecimento de quem quer que seja.
30 junho 2006
A FORÇA DO BEM
A FORÇA DO BEM é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos (ONG) com atuação na área sócio-ambiental, fundada em 03/08/2003, com objetivo principal de promover programas e projetos de cunho sócio-ambiental pautados no desenvolvimento sustentável visando à melhoria de qualidade de vida, inserção social e geração de renda através da coleta seletiva de resíduos sólidos.
Seu principal objetivo é realizar o primeiro censo de mapeamento das pessoas com deficiência no Brasil, visando assim auxiliar quem não está recebendo cuidados.
A Fundadora e Presidente da instituição é a atriz Isabel Fillardis que, no dia 28 de maio de 2003, vivia a alegria de trazer ao mundo seu filho Jamal Anuar, ao mesmo tempo em que tinha início uma das mais marcantes experiências de sua vida até então. Jamal nasceu com uma síndrome rara que transformou completamente a vida da atriz.
A Força do Bem nasce da cumplicidade solidária de Isabel para com todas as mães que, como ela, vivem a dura realidade de cuidar de um filho especial. A consciência de ter sido privilegiada por ter condições e não medir esforços para a cura de Jamal, despertou em Isabel o desejo de ajudar as mães que não têm as condições necessárias mínimas para cuidar de seus filhos.
A metodologia do projeto será desenvolvida em 4 (quatro) etapas:
1. Cadastramento: Nesta etapa deverá ser desenvolvido um sistema que conterá uma extensa informação dos dados que envolvem o paciente e o distúrbio por ele apresentado. O cadastramento identificará dois grupos de pacientes: os que já contam com um atendimento médico, e por isso mesmo possuem informação de todos os dados necessários; e os que não possuem atendimento médico algum. No primeiro caso, será solicitado encaminhamento do médico que está assistindo a pessoa para que possam ser cadastrados todos os dados. No segundo caso, o cadastrado será encaminhado para uma avaliação com profissional de saúde participante do projeto.
2. Classificação;
3. Atendimento;
4. Acompanhamento/Monitoramento.
Cada etapa será de fundamental importância para a seguinte, formando um processo integrado e harmônico para que os resultados sejam atingidos ao final.
O cadastramento pode ser feito de duas maneiras: pela internet ( www.aforcadobem.org.br ) ou pelo correio.
A caixa postal é: 37722, e o CEP é 22640-970.
Fonte: aforcadobem.org.br
Seu principal objetivo é realizar o primeiro censo de mapeamento das pessoas com deficiência no Brasil, visando assim auxiliar quem não está recebendo cuidados.
A Fundadora e Presidente da instituição é a atriz Isabel Fillardis que, no dia 28 de maio de 2003, vivia a alegria de trazer ao mundo seu filho Jamal Anuar, ao mesmo tempo em que tinha início uma das mais marcantes experiências de sua vida até então. Jamal nasceu com uma síndrome rara que transformou completamente a vida da atriz.
A Força do Bem nasce da cumplicidade solidária de Isabel para com todas as mães que, como ela, vivem a dura realidade de cuidar de um filho especial. A consciência de ter sido privilegiada por ter condições e não medir esforços para a cura de Jamal, despertou em Isabel o desejo de ajudar as mães que não têm as condições necessárias mínimas para cuidar de seus filhos.
A metodologia do projeto será desenvolvida em 4 (quatro) etapas:
1. Cadastramento: Nesta etapa deverá ser desenvolvido um sistema que conterá uma extensa informação dos dados que envolvem o paciente e o distúrbio por ele apresentado. O cadastramento identificará dois grupos de pacientes: os que já contam com um atendimento médico, e por isso mesmo possuem informação de todos os dados necessários; e os que não possuem atendimento médico algum. No primeiro caso, será solicitado encaminhamento do médico que está assistindo a pessoa para que possam ser cadastrados todos os dados. No segundo caso, o cadastrado será encaminhado para uma avaliação com profissional de saúde participante do projeto.
2. Classificação;
3. Atendimento;
4. Acompanhamento/Monitoramento.
Cada etapa será de fundamental importância para a seguinte, formando um processo integrado e harmônico para que os resultados sejam atingidos ao final.
O cadastramento pode ser feito de duas maneiras: pela internet ( www.aforcadobem.org.br ) ou pelo correio.
A caixa postal é: 37722, e o CEP é 22640-970.
Fonte: aforcadobem.org.br
A MISERICÓRDIA DO CORAÇÃO DE JESUS NA EUCARISTIA
Pe Francisco Sehnem scj
Mateus, Marcos, Lucas e Paulo, na sua primeira carta aos coríntios, descrevem a instituição da Eucaristia. Jesus tomou o pão e o entregou aos seus amigos, dizendo: “Tomai todos e comei, isto é o meu corpo que será entregue por vós”. Depois, entregou-lhes o cálice com vinho, dizendo: “Este é o cálice do meu sangue que será derramado por vós e por todos...”
Por detrás destas palavras descobrimos a imagem do Senhor crucificado cujo Coração é transpassado pela lança. Desta visão tentaremos descobrir a ligação entre o Coração de Cristo e a Eucaristia. O Senhor transpassado na cruz é o melhor símbolo do infinito amor do Coração de Cristo. Olhando para Ele, entendemos que Deus tem um coração aberto para todos nós.
Os Evangelhos falam-nos, repetidas vezes, do amor de Cristo que vem do seu Coração. E os evangelistas repetem sempre uma mesma expressão que significa um amor que vem de dentro, das entranhas, do coração. Na tradução portuguesa da Bíblia, esta expressão foi traduzida pela palavra compaixão (sentir o problema do outro como seu problema, vibrar com a alegria do outro como se fosse a sua felicidade). Jesus participava das festas, das alegrias do povo. Até andaram chamando-o de guloso. Esteve presente em todos os momentos e situações importantes pelas quais podemos passar. Participava de tudo porque sentia como sua a vida, as alegrias e problemas dos outros. Só para recordar:
· Diante da fome: teve compaixão e multiplicou o pão.
· Diante da fome do espírito: teve compaixão e pôs-se a ensinar,com muita paciência.
· Diante do pecado: teve compaixão e correu ao encontro do filho que voltava.
· Diante da doença: cheio de compaixão tocou-lhes os olhos e recobraram a vista.
· Diante da morte: Movido de compaixão para com a viúva de Naim, disse-lhe: “Não chores”.
Jesus tem um Coração aberto para todos, homens e mulheres, que encontra em seu caminho. É a afirmação unânime dos evangelistas. E, a abertura de seu Coração se completa sobre a cruz. Ele oferece tudo, a própria vida por nós, pela nossa salvação.
E, na Eucaristia, este Cristo que se oferece por nós torna-se presente com toda a sua vida, especialmente com o seu martírio sobre a cruz.
Quando, na Eucaristia, nos deixamos atrair pelo ato redentor de Cristo, bebemos desta fonte do Coração aberto de Cristo. O prefácio da Missa do Coração de Jesus nos fala de Cristo: “Elevado sobre a cruz, no seu amor sem limites, deu a sua vida por nós, e do seu lado aberto saiu sangue e água, símbolos dos Sacramentos da Igreja, para que todos, atraídos ao seu Coração, pudessem beber, com perene alegria, na fonte salvadora”.
Na Eucaristia somos convidados a beber desta fonte e a tornar-nos fonte de vida para os outros. Somos convidados a entender o que celebramos e ter, como Cristo, um coração aberto para todos.
O Cristo da Eucaristia é o mesmo Cristo das estradas da Palestina que tem um olhar de ternura e misericórdia (compaixão) para os pobres, os doentes, os pecadores, os marginalizados... No encontro com Cristo, na Eucaristia, nós lhe pedimos um coração semelhante ao dele. Cristo que teve compaixão de todos, deixou-nos a Eucaristia para que nós também pudéssemos encontrá-lo e, com Ele, aprender a amar. Se nós aprendermos a amar como Cristo amou, poderemos falar ao coração das pessoas. E, elas entenderão a nossa mensagem e continuarão a crer que Deus é Pai e nos ama.
Mateus, Marcos, Lucas e Paulo, na sua primeira carta aos coríntios, descrevem a instituição da Eucaristia. Jesus tomou o pão e o entregou aos seus amigos, dizendo: “Tomai todos e comei, isto é o meu corpo que será entregue por vós”. Depois, entregou-lhes o cálice com vinho, dizendo: “Este é o cálice do meu sangue que será derramado por vós e por todos...”
Por detrás destas palavras descobrimos a imagem do Senhor crucificado cujo Coração é transpassado pela lança. Desta visão tentaremos descobrir a ligação entre o Coração de Cristo e a Eucaristia. O Senhor transpassado na cruz é o melhor símbolo do infinito amor do Coração de Cristo. Olhando para Ele, entendemos que Deus tem um coração aberto para todos nós.
Os Evangelhos falam-nos, repetidas vezes, do amor de Cristo que vem do seu Coração. E os evangelistas repetem sempre uma mesma expressão que significa um amor que vem de dentro, das entranhas, do coração. Na tradução portuguesa da Bíblia, esta expressão foi traduzida pela palavra compaixão (sentir o problema do outro como seu problema, vibrar com a alegria do outro como se fosse a sua felicidade). Jesus participava das festas, das alegrias do povo. Até andaram chamando-o de guloso. Esteve presente em todos os momentos e situações importantes pelas quais podemos passar. Participava de tudo porque sentia como sua a vida, as alegrias e problemas dos outros. Só para recordar:
· Diante da fome: teve compaixão e multiplicou o pão.
· Diante da fome do espírito: teve compaixão e pôs-se a ensinar,com muita paciência.
· Diante do pecado: teve compaixão e correu ao encontro do filho que voltava.
· Diante da doença: cheio de compaixão tocou-lhes os olhos e recobraram a vista.
· Diante da morte: Movido de compaixão para com a viúva de Naim, disse-lhe: “Não chores”.
Jesus tem um Coração aberto para todos, homens e mulheres, que encontra em seu caminho. É a afirmação unânime dos evangelistas. E, a abertura de seu Coração se completa sobre a cruz. Ele oferece tudo, a própria vida por nós, pela nossa salvação.
E, na Eucaristia, este Cristo que se oferece por nós torna-se presente com toda a sua vida, especialmente com o seu martírio sobre a cruz.
Quando, na Eucaristia, nos deixamos atrair pelo ato redentor de Cristo, bebemos desta fonte do Coração aberto de Cristo. O prefácio da Missa do Coração de Jesus nos fala de Cristo: “Elevado sobre a cruz, no seu amor sem limites, deu a sua vida por nós, e do seu lado aberto saiu sangue e água, símbolos dos Sacramentos da Igreja, para que todos, atraídos ao seu Coração, pudessem beber, com perene alegria, na fonte salvadora”.
Na Eucaristia somos convidados a beber desta fonte e a tornar-nos fonte de vida para os outros. Somos convidados a entender o que celebramos e ter, como Cristo, um coração aberto para todos.
O Cristo da Eucaristia é o mesmo Cristo das estradas da Palestina que tem um olhar de ternura e misericórdia (compaixão) para os pobres, os doentes, os pecadores, os marginalizados... No encontro com Cristo, na Eucaristia, nós lhe pedimos um coração semelhante ao dele. Cristo que teve compaixão de todos, deixou-nos a Eucaristia para que nós também pudéssemos encontrá-lo e, com Ele, aprender a amar. Se nós aprendermos a amar como Cristo amou, poderemos falar ao coração das pessoas. E, elas entenderão a nossa mensagem e continuarão a crer que Deus é Pai e nos ama.
Carregai os pesos uns dos outros
por Milton Schwantes
Aconteceu no caminho da padaria. Quase cada dia passo por aí. Um pãozinho recém saído do fomo é uma delícia. Pois, neste caminho para esta delícia do pão saído do fomo tive como que uma visão. Sim, deixe-me falar em visão. Há quem tenha o dom de ver coisas sensacionais. Tudo bem! Mas, há os outros tantos que vêem como eu: coisas simples sensações, visão. Pois, vi!
Na calçada, um caminhão era descarregado. Alguns sacos - talvez de farinha - eram levados para dentro da padaria. Eram pesados. Os rostos dos dois carregadores o deixavam perceber. O peso lhes dava trabalho. Num relance vi que um dos dois era deficiente físico. Faltava-lhe um dos braços. O rapaz era forte, mas de seu braço direito pouco se via.
Vi que tinha dificuldade de equilibrar aqueles sacos pesados. A cada momento ajeitava seu corpo para manter o equilíbrio.
Daí, passei a reparar em seu colega de trabalho. Mantinha-se atrás. Nunca se afastava muito. Um de seus braços se mantinha livre. Dedicado e delicadamente estava direcionado ao que faltava o braço. Ficava como que pronto para apoiar aquele seu colega.
Vi mais, seu braço dava a mão ao que faltava o braço, ajudando-lhe a jogar a sacaria no ombro. Para bem percebê-lo tive que parar. Ficar de olho. Fixar os detalhes. Certamente até fiquei boquiaberto por instantes. Visão extasia! Que coleguismo! Que interação! Que apoio encantador! Dois homens acostumados ao duro trabalho. À lida de luta! Na garra da sobrevivência! E na prática do evangelho. Sim, vi o evangelho, ali diante de mim. Deus me mostrava sinais de seus caminhos entre nós.
Obrigada, meu Deus por meus irmãos e irmãs que me ajudam a carregar meus fardos. Abençoa-me meu Deus-amigo, para que eu possa apoiar outros/as em momentos de dores, de sofrimento e de peso. No nome de Jesus,
Amém!
Aconteceu no caminho da padaria. Quase cada dia passo por aí. Um pãozinho recém saído do fomo é uma delícia. Pois, neste caminho para esta delícia do pão saído do fomo tive como que uma visão. Sim, deixe-me falar em visão. Há quem tenha o dom de ver coisas sensacionais. Tudo bem! Mas, há os outros tantos que vêem como eu: coisas simples sensações, visão. Pois, vi!
Na calçada, um caminhão era descarregado. Alguns sacos - talvez de farinha - eram levados para dentro da padaria. Eram pesados. Os rostos dos dois carregadores o deixavam perceber. O peso lhes dava trabalho. Num relance vi que um dos dois era deficiente físico. Faltava-lhe um dos braços. O rapaz era forte, mas de seu braço direito pouco se via.
Vi que tinha dificuldade de equilibrar aqueles sacos pesados. A cada momento ajeitava seu corpo para manter o equilíbrio.
Daí, passei a reparar em seu colega de trabalho. Mantinha-se atrás. Nunca se afastava muito. Um de seus braços se mantinha livre. Dedicado e delicadamente estava direcionado ao que faltava o braço. Ficava como que pronto para apoiar aquele seu colega.
Vi mais, seu braço dava a mão ao que faltava o braço, ajudando-lhe a jogar a sacaria no ombro. Para bem percebê-lo tive que parar. Ficar de olho. Fixar os detalhes. Certamente até fiquei boquiaberto por instantes. Visão extasia! Que coleguismo! Que interação! Que apoio encantador! Dois homens acostumados ao duro trabalho. À lida de luta! Na garra da sobrevivência! E na prática do evangelho. Sim, vi o evangelho, ali diante de mim. Deus me mostrava sinais de seus caminhos entre nós.
Obrigada, meu Deus por meus irmãos e irmãs que me ajudam a carregar meus fardos. Abençoa-me meu Deus-amigo, para que eu possa apoiar outros/as em momentos de dores, de sofrimento e de peso. No nome de Jesus,
Amém!
LÉO: A FORÇA DE UM NOME!
por Pe Joãozinho scj
Continuo em Roma, na reta final de minhas pesquisas sobre um tal de Léon Dehon, o padre que fundou a Congregação dos Padres do Coração de Jesus, os Dehonianos. Sim! Por causa dele é que trazemos esta cruz com um coração vazado, que recorda o Coração de Cristo traspassado na cruz. Ah! O nome do nosso fundador era Léo!!! É verdade que depois de religioso ele mudou para João (convenhamos que é bem mais bonito, mas deixa pra lá). Mas o nome de batismo era mesmo Léo.
Ao contrário, o nosso Padre Léo, por quem todos rezamos e torcemos, não nasceu com este nome. Lembro bem daquele cabeludo que chegou no noviciado, em Jaraguá do Sul, no ano de 1883, e não sabia dizer bem qual era o seu nome. Alguns o chamavam de Léo, outros de Tarcísio. Sim! Tarcísio Gonçalves Pereira. Esse era na verdade seu nome de registro. Um dia ele resolveu escrever alguns artigos para o jornal local, lá em Minas Gerais (acho que em Itajubá) e colocou como pseudônimo: Léo. O pessoal acabou descobrindo e “rebatizou” o garoto. O Tarcísio, nome de santinho, deu lugar ao Léo, nome pequeno, mas de gente grande. Realmente, estava nascendo um leão.
Mas essa de mudar o nome não é novidade. A Bíblia, está cheia de casos assim. Deus mesmo costuma mudar o nome de seus eleitos depois do primeiro encontro. Por exemplo, Abrão, vira Abraão; Simão vira Pedro e Saulo vira Paulo. O nome significa na simbologia bíblica a intimidade mais íntima de cada pessoa. Deus diz que nos chama “pelo nome”. O povo nem ousava pronunciar o nome de Deus, ainda mais em vão. É pecado mortal. Nome é coisa santa. É tão bom quando alguém nos chama pelo nome, não é? Significa que nos conhece; que não somos apenas mais um. É uma qualidade bonita quando alguém que procura recordar o nome das pessoas.
Mas voltemos ao Léo. São tantos com esse nome. Quantos papas, já viu? Só pra lembrar, Leão XIII, o último da lista, escreveu a famosa encíclica social Rerum novarum, em 1891, sobre a condição dos operários, sobre a justiça social e a paz na sociedade. Aliás, acaba de ser eleito o novo superior provincial do Pe. Léo. Sabe como ele se chama? Pe. Léo. Não estou brincando. E além de ser Léo de batismo, esse já era padre bem antes do “nosso” Léo. Só não ficou famoso. Mas é doutor em teologia Moral e foi nosso professor na faculdade de Taubaté, durante muitos anos. É um especialista no tema da paz. Não!!! Não estou falando do Pe. Léo Pessini, moralista camiliano de São Paulo que já escreveu muitos livros sobre bioética. Claro que não é um outro Pe. Léo, do Rio grande do Sul, que escreveu um livro polêmico a alguns anos. Que confusão. Porque o Léo não colocou como pseudônimo alguma coisa como Péricles ou Sófio! Mas, pensando bem, existe algo mais comum do que Joãozinho ou Zezinho?
Temos cinco Padres Joãozinhos, só em nossa província. E eu me chamo “João Carlos”. Mas tem um outro Pe. João Carlos, salesiano cantor de recife. Ele tem discos belíssimos. Uma senhora em Salvador uma vez me disse emocionada que gostava muito daquela minha música: “Quem me tocou”, que é do Pe. João Carlos Ribeiro. Sorri e agradeci. Às vezes é melhor não explicar. Afinal, nada disso tem muita importância, não é mesmo Léo? Acabamos descobrindo que existe apenas um nome que está acima de todo nome, e ao qual todo joelho deve se dobrar em adoração: Jesus!
Continuo em Roma, na reta final de minhas pesquisas sobre um tal de Léon Dehon, o padre que fundou a Congregação dos Padres do Coração de Jesus, os Dehonianos. Sim! Por causa dele é que trazemos esta cruz com um coração vazado, que recorda o Coração de Cristo traspassado na cruz. Ah! O nome do nosso fundador era Léo!!! É verdade que depois de religioso ele mudou para João (convenhamos que é bem mais bonito, mas deixa pra lá). Mas o nome de batismo era mesmo Léo.
Ao contrário, o nosso Padre Léo, por quem todos rezamos e torcemos, não nasceu com este nome. Lembro bem daquele cabeludo que chegou no noviciado, em Jaraguá do Sul, no ano de 1883, e não sabia dizer bem qual era o seu nome. Alguns o chamavam de Léo, outros de Tarcísio. Sim! Tarcísio Gonçalves Pereira. Esse era na verdade seu nome de registro. Um dia ele resolveu escrever alguns artigos para o jornal local, lá em Minas Gerais (acho que em Itajubá) e colocou como pseudônimo: Léo. O pessoal acabou descobrindo e “rebatizou” o garoto. O Tarcísio, nome de santinho, deu lugar ao Léo, nome pequeno, mas de gente grande. Realmente, estava nascendo um leão.
Mas essa de mudar o nome não é novidade. A Bíblia, está cheia de casos assim. Deus mesmo costuma mudar o nome de seus eleitos depois do primeiro encontro. Por exemplo, Abrão, vira Abraão; Simão vira Pedro e Saulo vira Paulo. O nome significa na simbologia bíblica a intimidade mais íntima de cada pessoa. Deus diz que nos chama “pelo nome”. O povo nem ousava pronunciar o nome de Deus, ainda mais em vão. É pecado mortal. Nome é coisa santa. É tão bom quando alguém nos chama pelo nome, não é? Significa que nos conhece; que não somos apenas mais um. É uma qualidade bonita quando alguém que procura recordar o nome das pessoas.
Mas voltemos ao Léo. São tantos com esse nome. Quantos papas, já viu? Só pra lembrar, Leão XIII, o último da lista, escreveu a famosa encíclica social Rerum novarum, em 1891, sobre a condição dos operários, sobre a justiça social e a paz na sociedade. Aliás, acaba de ser eleito o novo superior provincial do Pe. Léo. Sabe como ele se chama? Pe. Léo. Não estou brincando. E além de ser Léo de batismo, esse já era padre bem antes do “nosso” Léo. Só não ficou famoso. Mas é doutor em teologia Moral e foi nosso professor na faculdade de Taubaté, durante muitos anos. É um especialista no tema da paz. Não!!! Não estou falando do Pe. Léo Pessini, moralista camiliano de São Paulo que já escreveu muitos livros sobre bioética. Claro que não é um outro Pe. Léo, do Rio grande do Sul, que escreveu um livro polêmico a alguns anos. Que confusão. Porque o Léo não colocou como pseudônimo alguma coisa como Péricles ou Sófio! Mas, pensando bem, existe algo mais comum do que Joãozinho ou Zezinho?
Temos cinco Padres Joãozinhos, só em nossa província. E eu me chamo “João Carlos”. Mas tem um outro Pe. João Carlos, salesiano cantor de recife. Ele tem discos belíssimos. Uma senhora em Salvador uma vez me disse emocionada que gostava muito daquela minha música: “Quem me tocou”, que é do Pe. João Carlos Ribeiro. Sorri e agradeci. Às vezes é melhor não explicar. Afinal, nada disso tem muita importância, não é mesmo Léo? Acabamos descobrindo que existe apenas um nome que está acima de todo nome, e ao qual todo joelho deve se dobrar em adoração: Jesus!
SER DEHONIANO
CORAÇÃO IGUAL AO DELE
por Josimar Baggio
As capacidades que nos foram dadas por Deus, nos fazem crer que somos seres especiais; seres racionais, dotados de liberdade, de vontade, de uma aparência física... mas também de uma alma, alma esta que nos direciona ao além, nos faz buscar algo que vai além da experiência visível e sensível... nos faz tender a algo maior, mais perfeito...buscar a Deus.
Existe, porém, uma outra bonita realidade no ser humano que todos nós conhecemos, a esta denominamos de modo coloquial, “coração”; e assim falamos de um “bondoso coração”, que determinada atitude “doeu no coração” e tantas outras expressões. É claro que aqui não estamos falando do coração carnal, físico; aqui, esta palavra se reveste de um conteúdo todo especial, se reveste de um aspecto que vem do mais íntimo do ser humano: a capacidade de amar e ser amado, independemente das circunstâncias em que nos encontramos. Fomos criados pelo amor, para amar! (cf. 1Jo 4,16)
Nosso Senhor, foi Aquele que em sua natureza humana completou aquilo que é a vocação de todos nós. De fato, Cristo fez de toda a sua vida um grande ato de amor. Por amar-nos com um amor eterno, esvaziou-se de si para dar vida a nós, e por nos amar, acabou morrendo por nós.
No Coração transpassado de Cristo, contemplamos os sentimentos mais puros do amor que se faz prática, que se torna atitude em favor do outro. É Ele que melhor nos ensina sobre o amor, porque não só amou mas se faz o próprio amor para conosco.
Vislumbrando a plenitude de Cristo, os seres humanos, criados por Deus, deve ter por meta, ao longo da sua vida, transformar o próprio coração,num coração que ama. Num coração que acolhe o amor que Deus teve e tem por nós e faz desse amor um estímulo, um impulso para também amar, respeitar e dignificar os irmão que conosco convivem.
Jesus foi Aquele que amou até o fim aqueles que com Ele estavam, teve um Coração que olhava para as pessoas com um olhar de misericórdia, de cuidado, de atenção... Por isso, nós, a seu exemplo, devemos estar atentos às necessidades dos nossos irmãos e irmãs; e mais, só conseguiremos acolher plenamente o amor do Senhor para conosco, à medida que também fizermos a experiência de amar às outras pessoas, na atenção, na misericórdia para com cada uma delas.
Tenhamos sempre o grande exemplo, o grande espelho que é Cristo, Ele, sem dúvidas é o grande Mestre do amor. O nosso coração, deve assemelhar-se sempre mais ao dele.
Jesus, manso e humilde de Coração... F azei o nosso coração semelhante ao vosso!
por Josimar Baggio
As capacidades que nos foram dadas por Deus, nos fazem crer que somos seres especiais; seres racionais, dotados de liberdade, de vontade, de uma aparência física... mas também de uma alma, alma esta que nos direciona ao além, nos faz buscar algo que vai além da experiência visível e sensível... nos faz tender a algo maior, mais perfeito...buscar a Deus.
Existe, porém, uma outra bonita realidade no ser humano que todos nós conhecemos, a esta denominamos de modo coloquial, “coração”; e assim falamos de um “bondoso coração”, que determinada atitude “doeu no coração” e tantas outras expressões. É claro que aqui não estamos falando do coração carnal, físico; aqui, esta palavra se reveste de um conteúdo todo especial, se reveste de um aspecto que vem do mais íntimo do ser humano: a capacidade de amar e ser amado, independemente das circunstâncias em que nos encontramos. Fomos criados pelo amor, para amar! (cf. 1Jo 4,16)
Nosso Senhor, foi Aquele que em sua natureza humana completou aquilo que é a vocação de todos nós. De fato, Cristo fez de toda a sua vida um grande ato de amor. Por amar-nos com um amor eterno, esvaziou-se de si para dar vida a nós, e por nos amar, acabou morrendo por nós.
No Coração transpassado de Cristo, contemplamos os sentimentos mais puros do amor que se faz prática, que se torna atitude em favor do outro. É Ele que melhor nos ensina sobre o amor, porque não só amou mas se faz o próprio amor para conosco.
Vislumbrando a plenitude de Cristo, os seres humanos, criados por Deus, deve ter por meta, ao longo da sua vida, transformar o próprio coração,num coração que ama. Num coração que acolhe o amor que Deus teve e tem por nós e faz desse amor um estímulo, um impulso para também amar, respeitar e dignificar os irmão que conosco convivem.
Jesus foi Aquele que amou até o fim aqueles que com Ele estavam, teve um Coração que olhava para as pessoas com um olhar de misericórdia, de cuidado, de atenção... Por isso, nós, a seu exemplo, devemos estar atentos às necessidades dos nossos irmãos e irmãs; e mais, só conseguiremos acolher plenamente o amor do Senhor para conosco, à medida que também fizermos a experiência de amar às outras pessoas, na atenção, na misericórdia para com cada uma delas.
Tenhamos sempre o grande exemplo, o grande espelho que é Cristo, Ele, sem dúvidas é o grande Mestre do amor. O nosso coração, deve assemelhar-se sempre mais ao dele.
Jesus, manso e humilde de Coração... F azei o nosso coração semelhante ao vosso!
MISSÃO
UM CORAÇÃO PARA AMAR
“Seja amado por toda a parte, o Sagrado Coração de Jesus.”
por José Lucio Gruber
Mês do Sagrado Coração de Jesus... vamos celebrar essa grande devoção que anima muitos fiéis da nossa Igreja... mas muito mais que celebrar, devemos nos deixar modelar por esse Coração que se doou até o fim por nós.
Surgiram na história muitas pessoas que propagaram a devoção do Sagrado Coração depois de Santa Margarida Maria, uma delas foi nosso fundador, Padre Dehon. Uma das diferenças dele aos outros destes propagadores, é que ele soube traduzir muito bem para a sociedade da sua época, as riquezas dessa espiritualidade. Tais como a reparação. Ele soube ver as necessidades e as fragilidades de seu tempo, e soube como agir diante de tal situação. Não só ele, mas deixou um legado de lutas sociais pelo bem dos mais necessitados. Numa sociedade onde imperava a desigualdade social, ele procurou fazer a “reparação” destes males junto aos operários e também aos patrões. Tudo por amor aos homens e à Cristo. Afinal, muito do sofrimento que vemos, é causado pelo desamor na sociedade. Há algum tempo atrás, nos idos do ano 2000, conversando com um homem de idade bem avançada, partilhava comigo e com algumas pessoas que estavam junto a nós, que sua filha, após ver no noticiário alguma notícia de tragédia, havia falado para ele que o mundo estava do jeito que estava porque nós o deixamos assim. Não julgando as gerações anteriores, somos chamados a reparar o mau que os outros fizeram, e também o que nós já fizemos. Amar sem julgar, sem ver a aparência, ou a situação social, econômica etc. quantas pessoas que passamos na rua e nem olhamos nos olhos e damos um bom dia. Bom dia esse que pode mudar o dia de uma pessoa. Pois pode ser que há muito tempo ninguém dê atenção a ela. Se doar pelos irmãos como Cristo nos ensina em sua oferta ao Pai.
Padre Dehon sempre teve a vontade de ser missionário, mas nunca conseguiu. Com seus religiosos espalhados pelo mundo, ele se sentiu um missionário. Mas, neste ponto, podemos afirmar que ele foi um grande missionário, pois, como todo bom missionário, soube ver as carências da sociedade onde estava e trabalhá-las. Foi um profeta do amor em sua própria realidade. Por vezes isso nos falta... pensamos em ir longe para levar o Cristo, esquecendo que tem muito a fazer em nossa própria realidade social, por vezes nem ligando para o mal que está nela. “Um ouvido voltado para o Evangelho, outro para o povo” é isso que Padre Dehon nos ensina ainda hoje.
Não só, mas no contexto de nosso mundo, somos chamados a sermos discípulos do Sagrado Coração em todas as realidades em que não é dignificada a pessoa humana. Inseridos nos problemas de hoje, como a questão bioética, a política, entre outros casos. Não só falando e citando bons exemplos, mas também garantindo os direitos legais a todos. Não podemos nos calar diante desses fatos, mas, como Padre Dehon, defender o oprimido, mas sabendo como. Não foi por acaso que ele história, filosofia, direito, teologia. Foi para melhor servir a Cristo, também na pessoa dos irmãos. E nós como estamos nos preparando? Neste mês do Sagrado Coração, reflitamos em como podemos ser profetas do amor na realidade sócio-cultural em que vivemos, e como estamos nos preparando.
“Sejam como fogo para fazer o Coração de Jesus conhecido em Todas as partes”.(P. Dehon)
“Seja amado por toda a parte, o Sagrado Coração de Jesus.”
por José Lucio Gruber
Mês do Sagrado Coração de Jesus... vamos celebrar essa grande devoção que anima muitos fiéis da nossa Igreja... mas muito mais que celebrar, devemos nos deixar modelar por esse Coração que se doou até o fim por nós.
Surgiram na história muitas pessoas que propagaram a devoção do Sagrado Coração depois de Santa Margarida Maria, uma delas foi nosso fundador, Padre Dehon. Uma das diferenças dele aos outros destes propagadores, é que ele soube traduzir muito bem para a sociedade da sua época, as riquezas dessa espiritualidade. Tais como a reparação. Ele soube ver as necessidades e as fragilidades de seu tempo, e soube como agir diante de tal situação. Não só ele, mas deixou um legado de lutas sociais pelo bem dos mais necessitados. Numa sociedade onde imperava a desigualdade social, ele procurou fazer a “reparação” destes males junto aos operários e também aos patrões. Tudo por amor aos homens e à Cristo. Afinal, muito do sofrimento que vemos, é causado pelo desamor na sociedade. Há algum tempo atrás, nos idos do ano 2000, conversando com um homem de idade bem avançada, partilhava comigo e com algumas pessoas que estavam junto a nós, que sua filha, após ver no noticiário alguma notícia de tragédia, havia falado para ele que o mundo estava do jeito que estava porque nós o deixamos assim. Não julgando as gerações anteriores, somos chamados a reparar o mau que os outros fizeram, e também o que nós já fizemos. Amar sem julgar, sem ver a aparência, ou a situação social, econômica etc. quantas pessoas que passamos na rua e nem olhamos nos olhos e damos um bom dia. Bom dia esse que pode mudar o dia de uma pessoa. Pois pode ser que há muito tempo ninguém dê atenção a ela. Se doar pelos irmãos como Cristo nos ensina em sua oferta ao Pai.
Padre Dehon sempre teve a vontade de ser missionário, mas nunca conseguiu. Com seus religiosos espalhados pelo mundo, ele se sentiu um missionário. Mas, neste ponto, podemos afirmar que ele foi um grande missionário, pois, como todo bom missionário, soube ver as carências da sociedade onde estava e trabalhá-las. Foi um profeta do amor em sua própria realidade. Por vezes isso nos falta... pensamos em ir longe para levar o Cristo, esquecendo que tem muito a fazer em nossa própria realidade social, por vezes nem ligando para o mal que está nela. “Um ouvido voltado para o Evangelho, outro para o povo” é isso que Padre Dehon nos ensina ainda hoje.
Não só, mas no contexto de nosso mundo, somos chamados a sermos discípulos do Sagrado Coração em todas as realidades em que não é dignificada a pessoa humana. Inseridos nos problemas de hoje, como a questão bioética, a política, entre outros casos. Não só falando e citando bons exemplos, mas também garantindo os direitos legais a todos. Não podemos nos calar diante desses fatos, mas, como Padre Dehon, defender o oprimido, mas sabendo como. Não foi por acaso que ele história, filosofia, direito, teologia. Foi para melhor servir a Cristo, também na pessoa dos irmãos. E nós como estamos nos preparando? Neste mês do Sagrado Coração, reflitamos em como podemos ser profetas do amor na realidade sócio-cultural em que vivemos, e como estamos nos preparando.
“Sejam como fogo para fazer o Coração de Jesus conhecido em Todas as partes”.(P. Dehon)
PROSEANDO
UM CORAÇÃO QUE NOS DÁ VIDA
por Giorgio Sinestri
Olhando para o mundo de hoje em que vivemos, observamos um quadro de situação que caracteriza tempos difíceis. As pessoas “comuns” pagam um alto preço pela sobrevivência, o desemprego tornou-se o pesadelo para milhares de famílias, a corrupção cresce em todas as camadas sociais e a violência aumenta a cada dia, espalhando o medo e a insegurança entre as pessoas. Nada disso é novidade: constatamos todos os dias no trabalho, na escola e na universidade e nos jornais, televisão, nos meios de comunicação.
Estamos numa sociedade em que a cada dia surgem novos problemas e questionamentos. O mundo está sempre cheio de novidades e avanços científicos, mas, mesmo assim, as injustiças e a exclusão social continuam aumentando.
O mundo sente falta de lideranças autênticas, voltadas para o bem da humanidade. Os partidos políticos e toda a política estão gravemente manchados e desgastados pelo descrédito geral.
Muitos pararam de lutar por um mundo melhor e mais justo. De tanto lutar e amargar derrotas, a tentação geral é encolher-se e deixar o mundo correr.
Mas, felizmente, também aparecem novas soluções.
Acima de todos os problemas o cristão vive a esperança. Em meio a tantas problemas existem notícias de coisas boas acontecendo. Por toda a parte insistem as iniciativas, grupos religiosos, organizações sociais, que lutam pela melhoria das condições de vida da sociedade.
Deus renova todos os dias o milagre da vida. O próprio Jesus veio trazer a vida em abundância a todos (Jo 10,10), e nós somos convidados a fazer acontecer entre todos, sem escolhas ou privilégios, esta vida que Deus nos dá. “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mc 6,37). Jesus nos ensina que o Reino de Deus é daqueles que põe em prática a sua vontade, fazendo o que ele fez e vivendo como ele viveu, numa experiência de fé.
Agora em junho, celebramos a festa do Sagrado Coração de Jesus, que nos garante consolo e segurança (Mt 11,28-30). Pela fé, somos chamados a fazer da contemplação do Seu Coração, um impulso à missão.
Madre Tereza de Calcutá dizia que “não existem grandes coisas, apenas pequenas coisas feitas com grande amor”. É simples fazer da vida uma prática da felicidade. Para perceber os sinais da vida que nos cercam, basta acreditar no amor de Deus e no milagre da criação.
Vamos fazer juntos esta experiência?
por Giorgio Sinestri
Olhando para o mundo de hoje em que vivemos, observamos um quadro de situação que caracteriza tempos difíceis. As pessoas “comuns” pagam um alto preço pela sobrevivência, o desemprego tornou-se o pesadelo para milhares de famílias, a corrupção cresce em todas as camadas sociais e a violência aumenta a cada dia, espalhando o medo e a insegurança entre as pessoas. Nada disso é novidade: constatamos todos os dias no trabalho, na escola e na universidade e nos jornais, televisão, nos meios de comunicação.
Estamos numa sociedade em que a cada dia surgem novos problemas e questionamentos. O mundo está sempre cheio de novidades e avanços científicos, mas, mesmo assim, as injustiças e a exclusão social continuam aumentando.
O mundo sente falta de lideranças autênticas, voltadas para o bem da humanidade. Os partidos políticos e toda a política estão gravemente manchados e desgastados pelo descrédito geral.
Muitos pararam de lutar por um mundo melhor e mais justo. De tanto lutar e amargar derrotas, a tentação geral é encolher-se e deixar o mundo correr.
Mas, felizmente, também aparecem novas soluções.
Acima de todos os problemas o cristão vive a esperança. Em meio a tantas problemas existem notícias de coisas boas acontecendo. Por toda a parte insistem as iniciativas, grupos religiosos, organizações sociais, que lutam pela melhoria das condições de vida da sociedade.
Deus renova todos os dias o milagre da vida. O próprio Jesus veio trazer a vida em abundância a todos (Jo 10,10), e nós somos convidados a fazer acontecer entre todos, sem escolhas ou privilégios, esta vida que Deus nos dá. “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mc 6,37). Jesus nos ensina que o Reino de Deus é daqueles que põe em prática a sua vontade, fazendo o que ele fez e vivendo como ele viveu, numa experiência de fé.
Agora em junho, celebramos a festa do Sagrado Coração de Jesus, que nos garante consolo e segurança (Mt 11,28-30). Pela fé, somos chamados a fazer da contemplação do Seu Coração, um impulso à missão.
Madre Tereza de Calcutá dizia que “não existem grandes coisas, apenas pequenas coisas feitas com grande amor”. É simples fazer da vida uma prática da felicidade. Para perceber os sinais da vida que nos cercam, basta acreditar no amor de Deus e no milagre da criação.
Vamos fazer juntos esta experiência?
23 junho 2006
Sai a edição de julho
Veio hoje da gráfica a edição de julho. Na capa está a seguinta frase: "Faze-me entender o caminho de teus preceitos".
Você leu a edição de junho. Gostaríamos muito de saber seu comentário sobre ela.
21 junho 2006
Lições do futebol
Postagem extra - Revista Dehoniana
Nestes dias de copa do mundo, o assunto é este. Vamos com ele. Mas para olhar um pouco mais além das quatro linhas do gramado. Podemos recolher preciosas lições do futebol. Uma delas ainda em tempo de melhorar o desempenho de nossa seleção. Com o magro resultado conseguido na primeira partida, salta aos olhos o perigo da presunção, de pensar que a vitória é fácil, e que podemos desprezar os adversários. Se isto é perigoso no futebol, na vida também a presunção é má conselheira. Prepara decepções que poderiam ser evitadas.
Quando temos alguma tarefa a fazer, o melhor é concentrar nela nosso empenho, e realizá-la com convicção e amor. Assim mantemos nosso espírito pronto para os desafios que a vida nos apresenta continuamente.
Não deixa de ser relevante a coincidência da copa do mundo com as eleições presidenciais no Brasil. Ano de copa do mundo, ano de eleger o Presidente do Brasil. Assim vem sendo há mais de uma década. Futebol e eleições nos colocam diante do nosso país.
O futebol produz espontaneamente uma grande convergência nacional. Nestes momentos, salta aos olhos a importância da nação, como força convocatória para o enfrentamento dos problemas que nos são comuns. Sem a motivação que decorre da vocação de sermos uma nação, nos dispersamos na identificação de nossos objetivos, e nos dividimos nas opções dos planos e das estratégias. Daí a importância de cultivarmos, conscientemente, o que fortalece nossa identidade nacional, e também o cuidado para não perdermos esta identidade, deixando que ela se dilua pela aceitação fácil e indiscriminada de tudo o que a globalização nos apresenta.
Enquanto dura a copa, parece inoportuno antecipar questões políticas. Sobretudo porque, ao contrário da última copa, que ainda nos anima a esperar o mesmo sucesso, a política trouxe pesadas decepções, como todos sabemos.
Mas, não faz mal lembrar que somos os mesmos, os que torcem agora pela seleção que entra em campo, e os que vamos nós mesmos entrar em campo nas eleições deste ano.
No futebol, todos temos nossa opinião, e até fazemos questão de manifestá-la. Na política é mais complicado. Somos muito falantes no futebol, e muito reticentes na política. Está ficando cada vez mais urgente um entendimento mínimo de todos os brasileiros, a respeito do país que queremos construir.
No esforço de tanta gente, de pensar "o Brasil que nós queremos", algumas evidências vão aparecendo. A primeira delas: é preciso entrar em campo. Ao contrário do futebol, em que só entram alguns, na política precisamos entrar todos. Ser cidadão é sentir-se escalado para entrar em campo.
No futebol os limites são as quatro linhas do gramado. Na política o campo é muito mais amplo. Ele tem as dimensões da sociedade. Dentro dela é preciso traçar linhas e instrumentos de ação, que constituem a organização estatal. Esta precisa ser continuamente repensada, para estar sempre a serviço da própria sociedade. Aí todos os cidadãos se sentem escalados para atuar, de modo consciente e organizado.
O resultado da copa pouco vai alterar a realidade. Mas nossa maneira de atuar na política precisa ir mudando a situação do país. Pois esta depende de nossa participação.
por Dom Demétrio Valentini, bispo de Jales
Nestes dias de copa do mundo, o assunto é este. Vamos com ele. Mas para olhar um pouco mais além das quatro linhas do gramado. Podemos recolher preciosas lições do futebol. Uma delas ainda em tempo de melhorar o desempenho de nossa seleção. Com o magro resultado conseguido na primeira partida, salta aos olhos o perigo da presunção, de pensar que a vitória é fácil, e que podemos desprezar os adversários. Se isto é perigoso no futebol, na vida também a presunção é má conselheira. Prepara decepções que poderiam ser evitadas.
Quando temos alguma tarefa a fazer, o melhor é concentrar nela nosso empenho, e realizá-la com convicção e amor. Assim mantemos nosso espírito pronto para os desafios que a vida nos apresenta continuamente.
Não deixa de ser relevante a coincidência da copa do mundo com as eleições presidenciais no Brasil. Ano de copa do mundo, ano de eleger o Presidente do Brasil. Assim vem sendo há mais de uma década. Futebol e eleições nos colocam diante do nosso país.
O futebol produz espontaneamente uma grande convergência nacional. Nestes momentos, salta aos olhos a importância da nação, como força convocatória para o enfrentamento dos problemas que nos são comuns. Sem a motivação que decorre da vocação de sermos uma nação, nos dispersamos na identificação de nossos objetivos, e nos dividimos nas opções dos planos e das estratégias. Daí a importância de cultivarmos, conscientemente, o que fortalece nossa identidade nacional, e também o cuidado para não perdermos esta identidade, deixando que ela se dilua pela aceitação fácil e indiscriminada de tudo o que a globalização nos apresenta.
Enquanto dura a copa, parece inoportuno antecipar questões políticas. Sobretudo porque, ao contrário da última copa, que ainda nos anima a esperar o mesmo sucesso, a política trouxe pesadas decepções, como todos sabemos.
Mas, não faz mal lembrar que somos os mesmos, os que torcem agora pela seleção que entra em campo, e os que vamos nós mesmos entrar em campo nas eleições deste ano.
No futebol, todos temos nossa opinião, e até fazemos questão de manifestá-la. Na política é mais complicado. Somos muito falantes no futebol, e muito reticentes na política. Está ficando cada vez mais urgente um entendimento mínimo de todos os brasileiros, a respeito do país que queremos construir.
No esforço de tanta gente, de pensar "o Brasil que nós queremos", algumas evidências vão aparecendo. A primeira delas: é preciso entrar em campo. Ao contrário do futebol, em que só entram alguns, na política precisamos entrar todos. Ser cidadão é sentir-se escalado para entrar em campo.
No futebol os limites são as quatro linhas do gramado. Na política o campo é muito mais amplo. Ele tem as dimensões da sociedade. Dentro dela é preciso traçar linhas e instrumentos de ação, que constituem a organização estatal. Esta precisa ser continuamente repensada, para estar sempre a serviço da própria sociedade. Aí todos os cidadãos se sentem escalados para atuar, de modo consciente e organizado.
O resultado da copa pouco vai alterar a realidade. Mas nossa maneira de atuar na política precisa ir mudando a situação do país. Pois esta depende de nossa participação.
por Dom Demétrio Valentini, bispo de Jales
16 junho 2006
Portal SCJ Brasil apresenta suas notícias no formato RSS
O Portal SCJ Brasil apresenta a partir de agora o sistema de notícias RSS que é um formato de distribuição de informações pela Internet em tempo real. Você fica sabendo imediatamente quando uma informação do seu interesse é publicada, sem que você tenha de navegar até o site de notícias. Basta você ter um leitor RSS no seu micro instalado. Sugerimos a Barra UOL, que já vem com o leitor incluso. Para baixar a barra, clique aqui e siga as orientações. Depois de instalar o leitor, é preciso configurá-lo para ler as notícias do Portal. Segue os endereços a serem adiiconados.
O endereço do RSS Portal SCJ Brasil é http://www.casadehon.org/rss/index.xml
O BLOG do Portal também disponibiliza o serviço através do endereço http://www.casadehon.org/rss/atom.xml
O sinal indica a disponibilidade do serviço nos sites.
14 junho 2006
Alguns destaques da edição de junho
Na edição de junho, apresentamos uma reportagem especial feita pelo cineasta Djalma Limonji Batista sobre a figura de Jesus no cinema.
Ele apresenta a ideologia que está por trás de cada produção ou de uma época e das produções cinematográficas feitas nela. Ele faz uma análise preciosa e que nos ajuda a apreciar melhor e criteriosamente os filmes ditos religiosos.
A edição traz ainda uma entrevista com Juca Kfouri sobre o momento da Copa e uma matéria sobre os hospitais sem dor, além de nossas seções fixas.
SITE DA REVISTA: www.iraopovo.com.br
13 junho 2006
BLOG DA REVISTA IR AO POVO
Os bastidores da Revista Ir ao Povo
A partir de agora, a redação da Revista Ir ao Povo tem espaço cativo no blog)) Portal SCJ Brasil. Periodicamente, a equipe da Revista estará divulgando seu trabalho, a pauta das edições, comentários e textos que contribuam para a evangelização. O diretor da revista, Pe Reinaldo, escreve sobre as matérias destaques da edição de junho da Ir ao Povo ( leia a postagem completa - clique aqui )
06 junho 2006
POSTAGEM EXTRA
MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI
Viagem apostólica à Polônia
Audiência Geral do dia 31 de maio de 2006
Permanecei firmes na fé!
Eis a recomendação que deixei aos filhos da amada Polônia
Queridos irmãos e irmãs!
Desejo hoje repercorrer, juntamente convosco, as etapas da viagem apostólica que pude realizar nestes dias na Polônia. Agradeço ao Episcopado polaco, sobretudo aos Arcebispos Metropolitas de Varsóvia e de Cracóvia, o zelo e o cuidado com que prepararam esta visita. Renovo a expressão do meu reconhecimento ao Presidente da República e às diversas Autoridades do País, assim como a todos os que cooperaram para a realização deste acontecimento. Sobretudo desejo dizer um grande "obrigado" aos católicos e a todo o povo polaco, do qual senti a proximidade num abraço rico de calor humano e espiritual. E muitos de vós viram isto através da televisão. Ele era uma verdadeira expressão da catolicidade, do amor à Igreja, que se expressa no amor pelo Sucessor de Pedro.
Depois da chegada ao aeroporto de Varsóvia, foi a Catedral desta importante metrópole o lugar do meu primeiro encontro reservado aos sacerdotes no dia em que se celebrava o 50º de Ordenação presbiteral do Cardeal Józef Glemp, Pastor daquela Arquidiocese. Assim a minha peregrinação começou no sinal do sacerdócio e prosseguiu depois com um testemunho de solicitude ecuménica, prestado na igreja luterana da Santíssima Trindade. Nessa ocasião, juntamente com os representantes das diversas Igrejas e Comunidades eclesiais que vivem na Polónia, recordei o firme propósito de considerar o compromisso pela reconstituição da unidade plena e visível entre os cristãos uma verdadeira prioridade do meu ministério. Depois houve a solene Eucaristia na Praça Pilsudski, na presença de numerosíssimos fiéis, no centro de Varsóvia.
Este lugar, onde celebrámos solenemente e com alegria a Eucaristia, já adquiriu um valor simbólico, tendo hospedado acontecimentos históricos como as Santas Missas celebradas por João Paulo II e a que foi celebrada para o funeral do Cardeal Primaz, Stefan Wyszynski, assim como algumas participadíssimas celebrações de sufrágio nos dias depois da morte do meu venerado Predecessor. No programa não podia faltar a visita aos Santuários que marcaram a vida do sacerdote e bispo Karol Wojtyla; sobretudo três: Czestochowa, Kalwaria Zebrzidowska e Divina Misericórdia.
Não posso esquecer a visita ao célebre Santuário mariano de Jasna Góra. Naquele Claro Monte, coração da Nação polaca, como num cenáculo ideal, numerosíssimos fiéis e sobretudo religiosos, religiosas, seminaristas e representantes dos Movimentos eclesiais reuniram-se ao redor do Sucessor de Pedro para se pur, juntamente comigo, na escuta de Maria. Inspirando-me na maravilhosa meditação mariana que João Paulo II ofereceu à Igreja na Enciclica Redemptoris Mater, quis repropor a fé como atitude fundamental do espírito que não é uma coisa apenas intelectual ou sentimental a fé verdadeira envolve toda a pessoa: pensamentos, afectos, intenções, relações, corporeidade, actividades, trabalho quotidiano. À Virgem das Dores, visitando depois o maravilhoso Santuário de Kalwaria Zebrzydowska perto de Cracóvia, pedi que fortalecesse a fé da Comunidade eclesial nos momentos de dificuldade e provações; a etapa seguinte ao Santuário da Divina Misericórdia, em Lagiewniki, deu-me a oportunidade de realçar que só a Misericórdia Divina ilumina o mistério do homem. No convento perto deste Santuário, contemplando as chagas luminosas de Cristo ressuscitado, a Irmã Faustina Kowalska recebeu uma mensagem de confiança para a humanidade, a mensagem da Misericórdia Divina, da qual João Paulo II se fez eco e intérprete, e que é realmente uma mensagem central precisamente para o nosso tempo: a Misericórdia como força de Deus, como limite divino contra o mal do mundo.
Quis visitar outros "santuários" simbólicos: refiro-me a Wadowice, localidade que se tornou famosa porque ali Karol Wojtyla nasceu e foi baptizado. Visitá-la ofereceu-me a oportunidade de agradecer ao Senhor pelo dom deste incansável servidor do Evangelho. As raízes da sua fé robusta, da sua humanidade tão sensível e aberta, do seu amor pela beleza e pela verdade, da sua devoção a Nossa Senhora, do seu amor à Igreja e sobretudo da sua vocação à santidade encontram-se nesta cidade onde ele recebeu a primeira educação e formação. Outro lugar querido a João Paulo II é a Catedral de Wawel, em Cracóvia, lugar símbolo para a Nação polaca: na cripta daquela Catedral Karol Wojtyla celebrou a sua Primeira Missa.
Outra experiência muito agradável foi o encontro com os jovens, que teve lugar em Cracóvia, no grande Parque de Blonie. Confiei simbolicamente aos numerosos jovens presentes a "Chama da misericórdia", para que sejam no mundo arautos do Amor e da Misericórdia divina. Meditei com eles sobre a palavra evangélica da casa construída sobre a rocha (cf. Mt 7, 24-27), lida também hoje, no início desta audiência. Detive-me a reflectir sobre a palavra de Deus também na manhã de domingo, solenidade da Ascensão, durante a Celebração conclusiva da minha visita. Foi um encontro litúrgico animado de uma extraordinária participação de fiéis, no mesmo Parque no qual na tarde do dia anterior se tinha realizado o encontro com os jovens. Aproveitei a ocasião para renovar no meio do povo polaco o anúncio maravilhoso da verdade cristã sobre o homem, criado e remido em Cristo; aquela verdade que tantas vezes João Paulo II proclamou com vigor para estimular todos a ser fortes na fé, na esperança e no amor. Permanecei firmes na fé! Foi esta recomendação que deixei aos filhos da amada Polónia, encorajando-os a perseverar na fidelidade a Cristo e à Igreja, para que não falte à Europa e ao mundo o contributo do seu testemunho evangélico. Todos os cristãos se devem sentir comprometidos a dar testemunho, para evitar que a humanidade do terceiro milénio possa voltar a conhecer horrores semelhantes aos que foram tragicamente evocados no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau.
Precisamente naquele lugar tristemente conhecido em todo o mundo eu quis deter-me antes de regressar a Roma. No campo de Auschwitz-Birkenau, como noutros campos semelhantes, Hitler fez exterminar mais de seis milhões de judeus. Em Auschwitz-Birkenau morreram cerca de 150.000 polacos e dezenas de milhares de homens e mulheres de outras nacionalidades. Face ao horror de Auschwitz não há outra resposta a não ser a Cruz de Cristo: o Amor que desceu até ao fundo do abismo do mal, para salvar o homem pela raiz, onde a sua liberdade se pode rebelar a Deus. Que a humanidade de hoje não se esqueça de Auschwitz e das outras "fábricas de morte" nas quais o regime nazista tentou eliminar Deus para assumir o seu lugar! Não ceda à tentação do ódio racial, que está na base das piores formas de anti-semitismo! Voltem os homens a reconhecer que Deus é Pai de todos e a todos chama em Cristo a construir juntos um mundo de justiça, de verdade e de paz! É isto que desejamos pedir ao Senhor por intercessão de Maria que hoje, na conclusão do mês de Maio, contemplamos cuidadosa e amorosa ao visitar a sua idosa parente Isabel.
tradução: Libreria Editrice Vaticana
Viagem apostólica à Polônia
Audiência Geral do dia 31 de maio de 2006
Permanecei firmes na fé!
Eis a recomendação que deixei aos filhos da amada Polônia
Queridos irmãos e irmãs!
Desejo hoje repercorrer, juntamente convosco, as etapas da viagem apostólica que pude realizar nestes dias na Polônia. Agradeço ao Episcopado polaco, sobretudo aos Arcebispos Metropolitas de Varsóvia e de Cracóvia, o zelo e o cuidado com que prepararam esta visita. Renovo a expressão do meu reconhecimento ao Presidente da República e às diversas Autoridades do País, assim como a todos os que cooperaram para a realização deste acontecimento. Sobretudo desejo dizer um grande "obrigado" aos católicos e a todo o povo polaco, do qual senti a proximidade num abraço rico de calor humano e espiritual. E muitos de vós viram isto através da televisão. Ele era uma verdadeira expressão da catolicidade, do amor à Igreja, que se expressa no amor pelo Sucessor de Pedro.
Depois da chegada ao aeroporto de Varsóvia, foi a Catedral desta importante metrópole o lugar do meu primeiro encontro reservado aos sacerdotes no dia em que se celebrava o 50º de Ordenação presbiteral do Cardeal Józef Glemp, Pastor daquela Arquidiocese. Assim a minha peregrinação começou no sinal do sacerdócio e prosseguiu depois com um testemunho de solicitude ecuménica, prestado na igreja luterana da Santíssima Trindade. Nessa ocasião, juntamente com os representantes das diversas Igrejas e Comunidades eclesiais que vivem na Polónia, recordei o firme propósito de considerar o compromisso pela reconstituição da unidade plena e visível entre os cristãos uma verdadeira prioridade do meu ministério. Depois houve a solene Eucaristia na Praça Pilsudski, na presença de numerosíssimos fiéis, no centro de Varsóvia.
Este lugar, onde celebrámos solenemente e com alegria a Eucaristia, já adquiriu um valor simbólico, tendo hospedado acontecimentos históricos como as Santas Missas celebradas por João Paulo II e a que foi celebrada para o funeral do Cardeal Primaz, Stefan Wyszynski, assim como algumas participadíssimas celebrações de sufrágio nos dias depois da morte do meu venerado Predecessor. No programa não podia faltar a visita aos Santuários que marcaram a vida do sacerdote e bispo Karol Wojtyla; sobretudo três: Czestochowa, Kalwaria Zebrzidowska e Divina Misericórdia.
Não posso esquecer a visita ao célebre Santuário mariano de Jasna Góra. Naquele Claro Monte, coração da Nação polaca, como num cenáculo ideal, numerosíssimos fiéis e sobretudo religiosos, religiosas, seminaristas e representantes dos Movimentos eclesiais reuniram-se ao redor do Sucessor de Pedro para se pur, juntamente comigo, na escuta de Maria. Inspirando-me na maravilhosa meditação mariana que João Paulo II ofereceu à Igreja na Enciclica Redemptoris Mater, quis repropor a fé como atitude fundamental do espírito que não é uma coisa apenas intelectual ou sentimental a fé verdadeira envolve toda a pessoa: pensamentos, afectos, intenções, relações, corporeidade, actividades, trabalho quotidiano. À Virgem das Dores, visitando depois o maravilhoso Santuário de Kalwaria Zebrzydowska perto de Cracóvia, pedi que fortalecesse a fé da Comunidade eclesial nos momentos de dificuldade e provações; a etapa seguinte ao Santuário da Divina Misericórdia, em Lagiewniki, deu-me a oportunidade de realçar que só a Misericórdia Divina ilumina o mistério do homem. No convento perto deste Santuário, contemplando as chagas luminosas de Cristo ressuscitado, a Irmã Faustina Kowalska recebeu uma mensagem de confiança para a humanidade, a mensagem da Misericórdia Divina, da qual João Paulo II se fez eco e intérprete, e que é realmente uma mensagem central precisamente para o nosso tempo: a Misericórdia como força de Deus, como limite divino contra o mal do mundo.
Quis visitar outros "santuários" simbólicos: refiro-me a Wadowice, localidade que se tornou famosa porque ali Karol Wojtyla nasceu e foi baptizado. Visitá-la ofereceu-me a oportunidade de agradecer ao Senhor pelo dom deste incansável servidor do Evangelho. As raízes da sua fé robusta, da sua humanidade tão sensível e aberta, do seu amor pela beleza e pela verdade, da sua devoção a Nossa Senhora, do seu amor à Igreja e sobretudo da sua vocação à santidade encontram-se nesta cidade onde ele recebeu a primeira educação e formação. Outro lugar querido a João Paulo II é a Catedral de Wawel, em Cracóvia, lugar símbolo para a Nação polaca: na cripta daquela Catedral Karol Wojtyla celebrou a sua Primeira Missa.
Outra experiência muito agradável foi o encontro com os jovens, que teve lugar em Cracóvia, no grande Parque de Blonie. Confiei simbolicamente aos numerosos jovens presentes a "Chama da misericórdia", para que sejam no mundo arautos do Amor e da Misericórdia divina. Meditei com eles sobre a palavra evangélica da casa construída sobre a rocha (cf. Mt 7, 24-27), lida também hoje, no início desta audiência. Detive-me a reflectir sobre a palavra de Deus também na manhã de domingo, solenidade da Ascensão, durante a Celebração conclusiva da minha visita. Foi um encontro litúrgico animado de uma extraordinária participação de fiéis, no mesmo Parque no qual na tarde do dia anterior se tinha realizado o encontro com os jovens. Aproveitei a ocasião para renovar no meio do povo polaco o anúncio maravilhoso da verdade cristã sobre o homem, criado e remido em Cristo; aquela verdade que tantas vezes João Paulo II proclamou com vigor para estimular todos a ser fortes na fé, na esperança e no amor. Permanecei firmes na fé! Foi esta recomendação que deixei aos filhos da amada Polónia, encorajando-os a perseverar na fidelidade a Cristo e à Igreja, para que não falte à Europa e ao mundo o contributo do seu testemunho evangélico. Todos os cristãos se devem sentir comprometidos a dar testemunho, para evitar que a humanidade do terceiro milénio possa voltar a conhecer horrores semelhantes aos que foram tragicamente evocados no campo de extermínio de Auschwitz-Birkenau.
Precisamente naquele lugar tristemente conhecido em todo o mundo eu quis deter-me antes de regressar a Roma. No campo de Auschwitz-Birkenau, como noutros campos semelhantes, Hitler fez exterminar mais de seis milhões de judeus. Em Auschwitz-Birkenau morreram cerca de 150.000 polacos e dezenas de milhares de homens e mulheres de outras nacionalidades. Face ao horror de Auschwitz não há outra resposta a não ser a Cruz de Cristo: o Amor que desceu até ao fundo do abismo do mal, para salvar o homem pela raiz, onde a sua liberdade se pode rebelar a Deus. Que a humanidade de hoje não se esqueça de Auschwitz e das outras "fábricas de morte" nas quais o regime nazista tentou eliminar Deus para assumir o seu lugar! Não ceda à tentação do ódio racial, que está na base das piores formas de anti-semitismo! Voltem os homens a reconhecer que Deus é Pai de todos e a todos chama em Cristo a construir juntos um mundo de justiça, de verdade e de paz! É isto que desejamos pedir ao Senhor por intercessão de Maria que hoje, na conclusão do mês de Maio, contemplamos cuidadosa e amorosa ao visitar a sua idosa parente Isabel.
tradução: Libreria Editrice Vaticana
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