30 novembro 2007

1º dezembro - dia de combate à AIDS



1º de dezembro é o Dia Mundial de Luta contra a Aids. A data reflete a luta de mais de 33 milhões de pessoas de diferentes países que atualmente vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids), segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em 2007, o Dia Mundial de Luta Contra a Aids tem como tema a "liderança". Para o Secretário Geral da ONU, Ban Ki-Moon, o tema tem extrema relevância, uma vez que, segundo ele, "sem liderança, nunca conseguiremos superar a epidemia". Instituído em 1988, pela Organização Mundial de Saúde (OMS), o 1º de dezembro é uma data simbólica de conscientização para todos os povos sobre a pandemia de Aids.

Neste dia, diversas atividades são desenvolvidas pelo mundo visando divulgar mensagens de esperança, solidariedade, prevenção e incentivar novos compromissos com essa luta. A cada ano, a OMS elege a população/grupo social que registra o maior crescimento da incidência de casos de HIV/Aids e define para uma campanha com ações de impacto e sensibilização sobre a questão.

Segundo as últimas estimativas da Unaids, agência das Nações Unidas criada para tratar do assunto, mais de 33 milhões de pessoas vivem no mundo com o vírus HIV ou da Aids. Embora a incidência continue preocupante, a ONU registrou que, globalmente, o número de novas infecções por HIV diminuiu. Estima-se que em 2007 houve 2,5 milhões de novas infecções, comparadas com 3,2 milhões em 2001.

Na América Latina, o relatório elaborado pela Unaids afirma que a epidemia permanece estável. Em 2007, o número estimado de novas infecções na região foi de 100 mil e o de mortes, de 58 mil. Atualmente, estima-se que 1,6 milhão de pessoas viva com aids na América Latina.
Cerca de um terço de todas as pessoas vivendo com HIV na América Latina moram no Brasil. Em 2005, estimou-se que 620.000 de pessoas viviam com HIV no país. Embora inicialmente concentrada entre homens que fazem sexo com homens, em seguida a epidemia englobou usuários de drogas injetáveis e finalmente atingiu a população em geral, com um número cada vez maior de mulheres infectadas.
Fonte: Adital
Tenha atitude!
Este é o lema da Campanha lançada pela Pastoral da DST/Aids para o dia de hoje, com a finalidade “de sensibilizar a população para a realidade da epidemia e de que seu controle depende de atitude”, explica frei Lunardi que, como exemplo, cita a prevenção e o cuidado diante do HIV.
“A cada ano propomos uma campanha para marcar a data e a participação da Pastoral da Aids neste momento. Esta é a campanha que está direcionada à população em geral, mas atingindo especialmente a juventude, cujo público a epidemia está crescendo mais intensamente na atualidade. Embora a população tenha informação, sabemos que nem sempre os comportamentos são regidos por esta informação. Por isso é preciso atitude! Ou seja, a campanha é uma proposta de mudança de comportamento, com práticas de cuidado”, acrescenta Lunardi.

23 novembro 2007

Boas notícias!


Aborto, anencefalia e uso de embriões: em uma só semana
Dr. Frei Antônio Moser
Assessor da CNBB para assuntos de Bioética


Meados de novembro trouxe um raio de luz que iluminou três questões indevidamente transformadas em cavalos de batalha para uma espécie de cruzada contra a vida justamente dos mais fracos. Estas questões podem ser resumidas em poucas mas expressivas palavras: liberação do aborto; eliminação dos anencefálicos; uso de células embrionárias humanas em experiências ditas terapêuticas.

A campanha comandada por ninguém menos do que um ministro que deveria zelar pela vida e pela saúde de todos, sofreu um significativo revés justamente em Brasília, na conclusão do Congresso sobre saúde. O tamanho das letras com as quais foi dada a notícia mostra o significado simbólico daquela rejeição: os congressistas, pessoas bem qualificadas, se faziam intérpretes dos cristãos, que se constituem na absoluta maioria da nossa população. Os partidários da liberalização terão que matizar bem mais seus discursos e, sobretudo, deter-se mais atentamente sobre o que significa saúde pública.

Ainda mais quando se têm presentes as contínuas reportagens sobre as lamentáveis condições de funcionamento do SUS, parecem não deixar dúvidas sobre onde se localizam os verdadeiros problemas de saúde pública.


A segunda boa notícia de meados de novembro tem um nome: chama-se Marcela de Jesus, um bebê, tido como anencefálico, mas que já completou seu primeiro ano de vida. Claro que não faltaram vozes de autoridades no assunto para vir a público afirmar o que todo mundo já sabia: nem todos os que foram batizados com este qualificativo o são de fato. Como em qualquer outro tipo de anomalias, sejam elas de cunho diretamente genético ou não, existem graduações diferentes. E só esta constatação já é suficiente para reforçar o mesmo princípio ético referido acima em relação ao aborto: sob pena de regredirmos aos tenebrosos tempos do nazismo, ninguém tem o direito de decidir sobre os que podem viver e os que devem morrer.

É claro que todos sofrem quando um ser humano apresenta graves limitações; mas também todos deveriam sofrer quando se constata que as mais graves limitações não provém de defeitos genéticos, mas da maldade humana, manifesta nas mais variadas formas de violência.

Há um evidente exagero tanto nas estatísticas que se referem aos denominados abortos clandestinos, quando no que se refere ao número de portadores de doenças graves de cunho genético. Se abraçarmos a pressuposição de algumas pessoas que se julgam porta vozes das ciências, daqui a pouco corremos o risco de sermos portadores de um chip que sinalizará a anomalia que nos acomete e nos torna inábeis a continuarmos a viver.


A terceira boa notícia de novembro de 2007 diz respeito às células tronco adultas. Sem dúvida as células tronco, tanto embrionárias quanto adultas, se transformaram em personagens centrais quando se fala em biogenética e biotecnologia. Ainda que elas de fato se constituam em personagens centrais, é preciso logo acrescentar que lhes foram atribuídos papéis que ultrapassam seu poder excepcional. Em certos meios de comunicação e na cabeça de alguns setores ligados às biociências, elas se passaram a ser vistas como uma espécie de panacéia para curar todos os males. Ademais, embora nem todos tenham isto muito presente, o fato é que desde finais do século passado células embrionárias e células adultas passaram a ser contrapostas. Uns apostavam todas as suas fichas nas células embrionárias, mesmo sabendo que seu uso implica na morte do embrião; outros ressaltavam o potencial regenerador das células adultas.

Mas, para ser claro, os que se consideram grandes pesquisadores juravam de pés juntos que as células adultas seriam muito inferiores às embrionárias. Nestes dias, pesquisas levadas adiante e em separado, mas sempre por verdadeiros pesquisadores do Japão e dos Estados Unidos, parecem haver deremido as dúvidas: as células adultas podem ser reprogramadas para exercerem as funções indevidamente atribuídas às células embrionárias. Assim, ainda que os verdadeiros cientistas humildemente reconhecem haver ainda um longo caminho a ser percorrido, parece haver ficado claro: células embrionárias, por conterem um código único, original e irrepetível, são impróprias para qualquer tipo de terapia. Sua função é serem propulsoras da vida. Se implantadas elas se comportarão como corpo estranho. Assim as esperanças terapêuticas se deslocam para as células adultas, devidamente reprogramadas.


Com isto fica uma vez mais evidenciado que, verdadeiramente Deus fez bem todas as coisas. A nós cabe a missão de desvelar seus segredos e aproveitar-nos das propriedades por ele atribuídas a todas e a cada uma das coisas.