24 novembro 2006

Crianças sofrem com a falta de água, diz ONU


A falta de acesso à água potável é a principal causa das enfermidades que legam à morte milhares de crianças no mundo, segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). A cada 24 horas morrem 5 mil crianças no mundo em conseqüência direta da diarréia e outras doenças causadas pela água suja e saneamento insuficiente.
Dessa cifra, 13 menores são mexicanos, que se somam ao total de um milhão e 800 mil falecimentos, por ano, por padecimentos previsíveis, conseqüentes da crise da água. O país asteca gasta mais em armas que em infra-estrutura para assegurar o abastecimento de água segura em áreas como Oaxaca, onde a crise social e política ocorre há muito tempo.
A diarréia, afirma o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, "é o segundo assassino das crianças. Mata cinco vezes mais que o paludismo e a tuberculose juntos, ou que qualquer ato terrorista". Só do dia 11 de setembro de 2001, durante os atentados em Nova York, morreram entre 3.500 a 4.000 pessoas, ressaltou.
O México faz parte dos governos que, a pesar da "crise" do vital elemento preferem ter um gasto militar superior ao destinado ao abastecimento da água, especialmente a infra-estrutura em áreas com baixo nível de desenvolvimento humano, como Chiapas, Guerrero e Oaxaca. O investimento militar é seis vezes superior, enquanto que no Paquistão é 47.
De acordo com o PNUD, se vive uma crise mundial fomentada pelas relações desiguais e pela pobreza. Sua mais recente análise reflete, por exemplo, as disparidades entre ricos e pobres mexicanos. A desigualdade de distribuição de renda ou gastos entre 10% do primeiro grupo e 10% do segundo é de 24,6%, e se se faz a diferença em porcentagem de 20, é de 12.8.
Fonte: Agência Adital

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