31 agosto 2007

Olha com quem é a entrevista da edição de setembro...




Vencedor na vida e na vela
Lars Schmidt Grael é um velejador conhecido em todo o Brasil e no mundo. Há muita luta, grandes desafios e alguns sofrimentos em sua vida. Em tudo, ele é um vencedor.

29 agosto 2007

Diferenças entre ricos e pobres no Brasil



As despesas correntes médias dos 10% mais ricos superam dez vezes as dos 40% mais pobres no Brasil, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE.
De acordo com o estudo, as despesas per capita dos 40% mais pobres são em média de R$ 180 ao mês, enquanto as dos 10% mais ricos chegam a R$ 1.800.
A Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002-2003 "confirma a distribuição desigual da riqueza no país", disse o IBGE.
O estudo considera como 10% mais ricas as famílias com renda mensal superior a R$ 3.875,78 per capita, e as mais pobres com R$ 758,25 mensais por pessoa.
Em geral, as 48,5 milhões de famílias brasileiras, independentemente do status social e econômico, destinam 35,5% dos gastos à habitação; 20,75% à alimentação; 18,44% ao transporte; 6,49% à saúde e 4,08% à educação.
A despesa média mensal de uma família brasileira é de R$ 1.794,32, mas há uma ampla diferença racial: uma família cujo chefe é branco chega a ganhar R$ 2.262,24, enquanto uma família chefiada por um negro não passa de R$ 1.245,09.
Segundo o nível de instrução formal, as famílias cujo chefe tem mais de 11 anos de escolaridade têm despesas médias de cerca de R$ 3.796, enquanto esse valor se reduz a um quinto entre as que têm chefe com menos de um ano de instrução, para R$ 752.
Da mesma forma, as famílias que vivem nas cidades ganham e gastam mais do que as que vivem em áreas rurais.
As famílias comandadas por homens têm renda 21% mais altas que as chefiadas por mulheres, e também gastam mais com alimentação, transporte e recriação.


Fonte: Agencia EFE/ Yahoo!


Multimídia:
assista ao vídeo "Ilha das Flores", produzido em 1989.

20 agosto 2007

Um pouco da edição de agosto

Palavra de padre – pág. 07



Católicos perdoam. Não matam.
Os católicos já foram violentos. Demorou séculos para entendermos que um católico não mata em nome de Jesus nem pratica atos de violência.

Espiritualidade – pág. 10



Dominicanos: os pregadores
A pregação é o ideal central da vida religiosa estabelecida por Domingos de Gusmão. Nessa congregação, nada pode reprimir o ardor missionário.

Justiça e paz – pág. 18



Novos Direitos Humanos
A globalização trouxe novos problemas para o planeta e novos desafios para a humanidade. Por isso é preciso falar hoje em novos Direitos Humanos.

Ecumenismo – pág. 21



Por uma Igreja de comunhão
A Igreja nasceu para ser ecumênica, para acolher todos, para ser unidade. A Igreja é comunhão e participação em sua identidade.

Liturgia e vida – pág. 22



Missa em latim
No motu próprio Summarum Pontificum, Bento XVI autoriza a missa em latim, seguindo o rito anterior à reforma litúrgica. O que isso quer dizer para a Liturgia?

Direito Canônico – pág. 24



A comunidade eclesial e a catequese
Entre os vários meios para anunciar o Evangelho, a Igreja destaca a catequese, pela qual se ensina a doutrina cristã de forma sistemática.

Entrevista – pág. 26



Não percam as esperanças
O secretário executivo da Comissão Brasileira Justiça e paz fala sobre um caminho de paz para o mundo. Uma paz que se constrói no diálogo e na tolerância.

Parada jovem – pág. 32



A vocação de ser jovem
A vocação é um dom que recebemos de Deus. Ser jovem também é um dom. Pensar sobre isso é uma forma de dar mais qualidade à juventude.

Memorandum – pág. 36



Integridade em tempos de fragmentação
Em 28 de agosto a igreja lembra santo Agostinho. Nos dias atuais, a espiritualidade desse santo é uma fonte de águas refrescantes que alivia a fatiga humana.

19 agosto 2007

Álcool faz bem, mas só para quem sabe beber


As bebidas alcoólicas em doses (bem) moderadas podem trazer benefícios ao organismo, mas, a verdade é que o brasileiro não sabe beber moderadamente. É por isso que os médicos aconselham que a abstinência é a melhor forma de lidar com o álcool no país. “Não existe uma tradição de uso tranqüilo do álcool entre os brasileiros”, afirma a neurologista e psiquiatra Florence Kerr-Corrêa, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), uma das maiores autoridades brasileiras na área.

“Quando se abre uma garrafa de vinho, é raro que se tome apenas uma taça. É preciso acabar com a garrafa. Por isso que eu não recomendo o consumo do álcool nem pelos seus efeitos terapêuticos”, disse ela.

Segundo a médica, o álcool pode fazer bem para a circulação, melhorando o trabalho do coração e evitando a arteriosclerose. E não é apenas o vinho, como muitos pensam, mas qualquer bebida alcoólica. “A chave, no entanto, está no consumo moderado e é muito complicado estabelecer o que é um consumo moderado na cabeça das pessoas”, diz Kerr-Corrêa.

Ela explica onde está a segurança quando o assunto é bebida alcoólica. O consumo é considerado “moderado” quando o homem não passa de 14 doses na semana e a mulher de sete, sem jamais ultrapassar quatro doses de uma vez para eles, e três para elas. “O ideal é uma dose por dia para as mulheres e duas para os homens”, explica. Uma “dose” é mais ou menos a quantidade de álcool que existe, por exemplo, em uma taça de 750ml de vinho ou em uma latinha, meia garrafa, ou uma “long neck” de cerveja.

Florence Kerr-Corrêa diz que essas bebidas, por serem fermentadas, são mais recomendadas ao consumo consciente, porque, os destilados, como vodca e cachaça, são mais difíceis de serem controlados. Qualquer benefício do álcool, no entanto, é imediatamente eliminado assim que a pessoa deixa a moderação de lado. “O álcool é a principal causa de incapacitação por doença entre os brasileiros. A grande maioria das quedas, acidentes, problemas de saúde que chegam a um hospital têm algum relação com o consumo de bebida alcoólica”, diz ela.

A especialista afirma que o maior risco está entre jovens e homens. “Já vi universitários falando que deixariam de ir em uma festa porque estavam tomando antibiótico e não poderiam beber. Quer dizer que festa só é divertida com álcool? É preciso estar embriagado para ser feliz? Isso é completamente errado”, critica.

Outro perigo está nas festas, com as pessoas que nunca bebem e aproveitam para exagerar na celebração. “Parece que comemoração é sinônimo de bebida e é aí que mora o perigo”, diz ela. O álcool causa dependência, problemas no fígado e nos rins, afeta a concentração e atrapalha a memória. Qualquer problema físico, e eles não são poucos, no entanto, parece pequeno perto dos enorme males “sociais” do álcool. “Bebida alcoólica em excesso gera violência e acidentes. E não apenas acidentes automobilísticos, que já são uma preocupação importantíssima.

O álcool afeta o equilíbrio e a atenção e predispõe o usuário a se machucar. Faz ele se tornar violento contra pessoas desconhecidas, conhecidas e até contra familiares. Abre uma porta perigosa para o sexo sem proteção. Uma dose a mais pode deixar o caminho livre para uma gravidez indesejada, para contaminação por Aids e para doenças sexualmente transmissíveis”, alerta a médica. Além disso, quando o álcool afeta e modifica os neurônios, há o risco do alcoolismo. E quem cai nessa armadilha, nunca mais vai se relacionar normalmente com a bebida.

Kerr-Corrêa alerta para os sintomas, que não são tão simples de serem observados. “Beber uma dose por dia faz bem, não é sinal de alcoolismo. Mesmo quem bebe demais de vez em quando pode não ser um alcoólico -– se conseguir parar. O sinal é quando a pessoa deixa de mandar no álcool e o álcool passa a mandar na pessoa”, explica. “Se você sente que precisa tomar uma dose, se vive fazendo promessas de que vai parar de beber, se fica nervoso e agitado quando passa muito tempo sem álcool, é um sinal de que você está perdendo a sua liberdade e que é hora de procurar ajuda”, aconselha.
Foto e texto: Marilia Juste - G1/Globo

11 agosto 2007

Mãe acorrentava filho para protegê-lo das drogas


Um adolescente de 16 anos havia sido acorrentado à cama pela mãe em Caxias do Sul (RS) e desde sexta-feira (dia 10) está internado em uma clínica de desintoxicação em Porto Alegre. A mãe diz que o prendeu para tentar protegê-lo, porque ele é usuário de crack. O rapaz permanecerá na clínica por 15 dias, depois passará por nova avaliação médica, de acordo com a mãe do jovem.
Em entrevista, a mulher de 36 anos contou que prendeu o filho para evitar que ele usasse crack. “Não é fácil chegar ao ponto de acorrentar o próprio filho, mas foi o único meio que encontrei para segurá-lo em casa. Eu só estava preocupada em mantê-lo longe da droga”, afirma. “Meu filho sabe que foi para o bem dele e aceitou, não ficou revoltado.” Auxiliar de produção em uma metalúrgica, a mãe do adolescente explicou que o jovem quer ajuda para largar o vício. “Ele está motivado desta vez, mas sozinho não consegue. Eu sofro, mas tenho pena dele quando me olha e fala ‘mãe, me ajuda, porque o crack é mais forte que eu’”, diz. O jovem já havia sido internado antes, mas fugiu da clínica.

O adolescente começou a usar maconha aos 12 anos, por influência de amigos, e hoje é usuário de crack, segundo a mãe. Para sustentar o vício, ele acabou vendendo eletrodomésticos e objetos da casa, além de roupas e sapatos. “Ele vendeu tudo o que eu tinha, até chinelo de dedo usado”, afirma a mãe, que já teve de buscar o filho na delegacia à noite porque ele foi preso por andar só de cuecas na rua. Para ela, o momento mais difícil foi quando chegou em casa um dia e não encontrou nada. “Eu tive aquele choque, pensei que a casa tivesse sido assaltada. Sumiu a TV, o DVD, o microondas, eletrodomésticos, minhas roupas e até brinquedos da minha outra filha, que tem 6 anos”, diz. “Pensei que tivessem levado meu filho e foi um alívio quando ele voltou, apesar de ter sido ele mesmo que vendeu tudo que tínhamos.”

A mãe do jovem diz que gasta quase todo o salário de R$ 600,00 para pagar despesas do filho e dívidas acumuladas por causa do uso de drogas. “Ele já foi internado antes e tive de arcar com parte dos custos. Não tinha dinheiro para a comida, então tinha de jantar com minha filha na casa do meu sogro”, diz a mulher, que é separada, mas afirmou receber ajuda financeira e apoio emocional do pai do adolescente.
Foto: Nereu de Almeida/Pioneiro/Ag. RBS
Reportagem: G1/Globo